Comportamento

Você se sente uma farsa sempre? Isso pode ser a Síndrome do Impostor

Já me deparei diversas vezes com pessoas que se acham uma fraude. Esse é um sentimento comum dependendo de algumas situações. Porém, sabe aquela sensação de que absolutamente todas as conquistas em sua vida se tratam apenas de um golpe de sorte? De que todas as pessoas são superiores e exercem um trabalho melhor que você? E aquele medo de não conseguir agradar todo mundo?

Todas essas características, quando presentes em nossa vida de maneira exagerada, podem ser sinônimo de um transtorno. Esses e outros sintomas estão relacionados à Síndrome do Impostor.

Tal problema atinge milhões de pessoas e pode se tornar um empecilho em diversos aspectos de nossa vida. De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Dominicana da Califórnia, por exemplo, a síndrome atinge cerca de 70% dos profissionais bem-sucedidos.

Tratar o transtorno de maneira adequada pode trazer de volta a confiança e qualidade de vida necessária para o indivíduo.

O que mais percebo, atualmente, são pacientes que chegam ao consultório achando que possuem outro diagnóstico. Isso acontece porque os sintomas são antigos, mas a doença só ganhou um nome recentemente.

Basicamente, a Síndrome do Impostor configura-se através de vários sintomas, mas, principalmente, aquela impressão de que todas as conquistas na vida do indivíduo tratam-se de uma fraude.

Em alguns estudos percebe-se que a doença acomete principalmente mulheres e jovens. E, entre a maioria das pessoas com o transtorno, geralmente, elas são honestas, competentes e merecedoras reais do sucesso. Porém, também há aquelas que se envolvem em processos ilícitos para conseguirem o que desejam.

Quando o quadro da doença começa a se desenvolver é muito comum sentir medo, insegurança e preocupação. Tudo isso pode afetar as relações sociais, familiares e, até mesmo, a sexualidade.

A melhor forma de tratamento é através de acompanhamento adequado. Dessa forma, é possível avaliar o caso e indicar o melhor método parar auxiliar na cura, podendo variar entre somente terapia ou, dependendo do grau da doença, o uso de alguns medicamentos.

Enquanto isso, a melhor maneira de prevenção é o autoconhecimento. Saber lidar com as próprias limitações e compreender que é merecedor das conquistas que recebe é fundamental.

Sônia Eustáquia

Colunista da Revista Atrevida cerca de 6 anos, tem formação e trabalho em Psicanálise e Terapia Ericsoniana. Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior, Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência, Neuropsicologia e Teologia. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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