Há muitos motivos que nos movem a lutar por aquilo que queremos, mas também existem inúmeras razões que nos fazem querer aquilo pelo qual lutamos.
Nem sempre o querer consiste em sentir vontade. Nos dias de hoje, o querer se associa mais à ambição, à necessidade ou à aprovação do que ao próprio desejo.
O querer se tornou uma competição com exigência de troféus que precisam ser expostos em vitrines (virtuais).
O prazer está mais em conseguir do que em realmente viver o que se almeja. Tem muita gente querendo atingir objetivos só pra esfregar na cara do outro, não necessariamente pra ser feliz.
Em algumas situações, a impulsão pelo querer pode até ser positiva, te ajuda a ser uma pessoa determinada, focada. Muita gente só decide mexer o esqueleto para ir em busca de algo quando é desafiada.
Tem o time daqueles que se sentem desmotivados quando escutam frases como “você não vai conseguir”, e tem o time daqueles que, quando escutam isso, pensam: “Êpa, espera aí, como assim? É claro que eu consigo! Vou mostrar quem manda!” Esse segundo é movido a desafios (ou a teimosia mesmo), o que pode ser um sucesso ou um tanto perigoso.
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Acontece que nem sempre você é desafiado(a) a fazer algo que, de fato, você quer ou que te faz bem.
Se sim, ótimo. Se não, você vai lutar por algo que, no fim das contas, só vai te trazer o gostinho de não dar o braço a torcer, sem contar com o risco de não conseguir cumprir o “desafio” (sejamos realistas).
Uma conhecida minha, por exemplo, me contou esses dias sobre o cara pelo qual se apaixonou.
Eles passaram um tempo juntos em uma relação um tanto conturbada, devido às muitas diferenças entre os dois. E, segundo ela, muitas pessoas duvidavam que um dia possa ter existido amor nessa relação e que o casal pudesse “dar certo”.
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No fim, concluiu: “Hoje, depois de muitas idas e vindas, nem sei mais se insisto nele porque ainda sinto alguma coisa ou se é porque todo mundo dizia que nunca daríamos certo.”
A frustração vem mais do que os outros vão pensar em relação ao fim do relacionamento do que com o próprio término, principalmente quando tem alguém pronto pra te apontar o dedo e dizer: “eu avisei”.
E, no fim, você não sabe mais se as suas vontades giram em torno de si mesmo(a) ou da aprovação (no caso, até mesmo da reprovação) dos outros. E, às vezes, algo que pode até ser simples (e necessário), como romper um relacionamento que não faz bem, se torna ainda mais difícil.
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Isso acontece com ela, com você, comigo, na sua roda de amigos, no seu emprego, na sua família e até dentro de você mesmo(a), que às vezes está preocupado(a) com o que os outros vão pensar, enquanto os outros nem sempre estão pensando na sua vida.
Porque, no fim das contas, mesmo que pensem, que falem, que tentem atrapalhar ou que, de fato, atrapalhem, quem decide até que ponto isso influência nas suas escolhas, na sua felicidade, é você.
Autor: Michael S. Roth)
(Fonte: amor.ano-zero.com )
*Texto publicado com a autorização do administrador do site
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