Já sentiu aquelas famosas borboletas no estômago? Adrenalina pura, não? Lógico que, como nem tudo é perfeito – principalmente se você for meio desastrada como eu -, acontecem alguns deslizes.
Porque com as borboletas vem as pernas bambas, a fala desenfreada – essa é a pior – e um suor desnecessário, porém muito nítido. E com as borboletas vem também os marimbondos. E o que antes era um suave bater de asas passam a ser ferroadas doloridas.
Aqui onde moro nós chamamos de decepção. E, bom… é inevitável se decepcionar com os outros, porque mesmo que digamos que não vamos criar expectativas, a gente sempre cria.
Algumas pessoas são mais rasas; outras, mais intensas. E a verdade é que: Idealizamos demais. A gente espera que alguém faça as borboletas acordarem. Que alguém nos desperte para o conto de fadas. Que alguém nos ame. Sempre alguém.
E nessa de esperar pela tampa da nossa panela, nos esquecemos que nosso coração bate mais forte quando podemos ser nós mesmos nesse mar de fantoches que encontramos nas ruas. As borboletas também acordam quando somos gentis, quando viajamos para algum lugar sonhado, quando conquistamos nossos objetivos… quando nos permitimos sentir, entende?
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Eu sei que aquelas borboletas são um pouco diferentes, ok?! Mas foco! Não que amar não seja bom, porque é, mas SE amar é sensacional. E se amar leva tempo, e esse tempo é, geralmente, quando a panela está destampada.
Quando a gente aprende que tem coisas na vida que só nós podemos fazer por nós mesmos, mais ninguém. E nesse aprendizado vamos adquirindo independência. Vamos nos fortalecendo e vamos aprendendo a não nos submetermos a qualquer tipo de amor. Vamos nos blindando da carência. Vamos amadurecendo sentimentalmente.
No fim, nosso coração aprende a bater mais forte por coisas que independem de alguém. Aprende a ser independente e realista. Conseguimos diferenciar a razão da emoção – não que a gente vá lidar com isso de uma forma extremamente madura, porque exige uns aprendizados que vão além do período de panela destampada, mas só de saber diferenciar o que cada um diz já é um avanço. E, bom, a gente aprende a fazer escolhas sensatas que nos façam bem.
É esperando pela nossa tampa que a gente aprende que também podemos ser a tampa de alguém.
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