Você já parou para se perguntar por que ninguém te ama, ninguém te quer?
Não raro, lemos nas redes sociais declarações de pessoas que se sentem sozinhas e incapazes de encontrar sua cara-metade. Há quem esteja solteiro porque optou momentaneamente por não se prender a ninguém, por conta própria, e se sente bem assim.
No entanto, quem está solteiro por suposta falta de opção, de alternativas, sentindo-se desconfortável, deve, primeiramente, lembrar-se de que não se consegue colher, quando nada se plantou.
Quando algo nos incomoda, é preciso mudar, ou seja, se você não encontrou ninguém até agora, embora o queira ansiosamente, isso significa que sua postura de vida é a de uma pessoa não apaixonante, nem apaixonável.
Mudanças são necessárias e, nesses casos, urgentes. Gaste um pouco mais de tempo consigo mesmo e levante hipóteses que possam explicar essa dificuldade de engatar um relacionamento duradouro.
Chega de culpar fatores externos por situações que você mesmo cria; chega de coitadismo – seus mimimis não o levaram a lugar algum até agora, percebe?
Vale a pena, para tanto e antes de tudo, exercitar a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, enxergando-se com os olhos alheios.
Tente analisar a forma como você vem se comportando e agindo em seu dia-a-dia como um todo e não somente nas situações em que as paqueras acontecem, pois o amor de sua vida pode estar bem perto, na mesa próxima, na fila do banco, ao seu lado enquanto aguarda o semáforo.
Lembre-se de que as baladas estão cheias de pessoas que só querem curtir, farrear, sem intenção de compromisso amoroso.
Temos o dia todo a nossa disposição para nos apaixonarmos.
Embora a aparência não seja absolutamente o que sustenta o amor, uma boa iniciativa é atentar um pouco mais para o modo de se vestir, encontrando logicamente um estilo que melhor se adeque a sua personalidade.
Cuide de sua pele, de seus cabelos, sem exageros e extremismos, pois quem não se cuida direito transmite a sensação de que não se gosta – e, como reza a sabedoria popular, quem não se ama não consegue amar mais ninguém.
Olhe-se no espelho antes de sair de casa e só saia se gostar do que vê. Você tem que transmitir segurança e harmonia, para que sua sintonia capte a energia alheia, atraia os bons fluidos de alguém que possa lhe interessar positivamente. Nesses casos, os opostos raramente se atraem.
Ouça a si mesmo, o que você costuma dizer, os assuntos que costuma abordar, a forma como se coloca ao expor seus pontos-de-vista – será que suas conversas não são chatas, desinteressantes; será que você transmite verdade; será que você é gentil?
Sem que perceba, talvez você queira conversar sobre política ou trabalho numa mesa de bar, sobre assuntos íntimos com quem acabou de conhecer, sobre sua vida e seus problemas com quem não lhe perguntou nada.
Se as pessoas não conversarem com você mais de cinco minutos, se ficarem olhando no relógio ou checando o celular enquanto fala, se costumam ir ao banheiro em meio às conversas, é porque certamente estão fugindo da sua companhia. Então, será necessário mudar drasticamente o teor dos assuntos que costuma abordar, para deixar de ser o espanta-roda da vez.
Em tempo, não force a barra, tampouco demonstre carência excessiva. Não basta compor uma personagem, você deverá incorporar as novas atitudes, de modo que elas façam parte de sua personalidade naturalmente.
Não somos obrigados a fingir, fugindo ao que somos, para contentarmos uma outra pessoa, porém, é necessário que nos livremos deliberadamente daquilo tudo que está nos impedindo de interagir e de compartilhar nossas vidas com outras vidas.
Da mesma forma, você necessitará conter qualquer tipo de atitude que denote carência e necessidade demasiada do outro, ou então tenderá indubitavelmente a sufocar e aprisionar o companheiro, tolhendo-lhe a liberdade mínima a que todos temos direito.
Nenhum relacionamento sobrevive ao fingimento e à falta de ar.
Gentileza gera gentileza, um chavão bem vindo nesse contexto. Atitudes que se perderam são ainda mais valorizadas, pois espantar-se com algo bom sempre surpreende e encanta. Seja amável, sorria, não se exalte, transmita tranquilidade, pois as vidas estão tão aceleradas, que anseiam pelo repouso em um colo confortável e sereno.
Seja uma pessoa atraente, verdadeira, apaixonante!
Muitas mulheres gostam de quem lhes puxe a cadeira para sentar e lhes abra a porta do carro, de elogios, flores, bilhetes, mensagens em horas incertas, mimos fora de hora, beijos sutilmente roubados – é preciso ruborizar as bochechas de uma mulher, com charme e elegância, para que se sintam verdadeiramente amadas.
A força feminina provém não mais do que dessa delicadeza que lhe é tão própria e que precisa ser regada diariamente com nossa atenção sincera, mesmo que não demorada.
Homens, por sua vez, precisam muitas vezes ter a certeza de que bastam para a parceira em todos os sentidos, de que não serão traídos, de que elas se sentem seguras ao seu lado. Cortejar nunca esteve tão na moda – ou foi tão urgente.
Como se vê, é preciso encarar as regras do jogo da conquista e adaptá-las ao que você tem a oferecer, mas é preciso ter o que oferecer, é preciso que enxerguem algo em que valha a pena investir.
Não se trata de fugir às próprias convicções e jeito de ser, mas de abandonar aquilo que emperra seu potencial de ser feliz ao lado de alguém, de amar e ser amado com intensidade e sinceridade. Se não estiver se sentindo insatisfeito, permaneça sendo o que sempre foi; caso contrário, aprenda a ceder, a abrir mão de mesquinharias vãs em favor do outro.
Poucas pessoas estão dispostas a se entregar ao duvidoso, ao inseguro, ao irredutível, ao que não chacoalha os sentidos nem acelera as batidas do coração, pois suas vidas já estão duras demais para que se arrisquem a mais dissabores, incertezas e decepções.
Seja uma pessoa atraente, verdadeira, apaixonante, não pela força de seus músculos ou pelas curvas de seu corpo, mas pela beleza encantadora e irresistível do que você verdadeiramente tem a oferecer em termos de uma essência que conforte, arrepie, fortaleça e acrescente, enfim, que transpire amor fiel e duradouro.
Muito bom! Eu adoro seus textos, Professor Marcel.