Cotidiano

Um brinde ao que somos e ao que nos tornamos

Hoje eu levanto a taça e sugiro que façamos um brinde. Todos nós. Eu e também você que agora lê este artigo. Quero que faça um brinde. Você merece esse brinde.

Brindemos a todas as noites que passamos em claro, esperando o cônjuge chegar, curando a febre do filho amado ou chorando pela perda de um amor ou de uma vida.

Brindemos a todas as vezes que tivemos vontade de gritar, perder o controle e que nos mantivemos firmes, fortes e seguros (por fora).

Brindemos às despedidas que tivemos, a cada novo adeus, a cada balançar de mão e a cada último olhar…

Brindemos às dores que enfrentamos, aos sabores amargos que experimentamos e à todas as decepções que carregamos no coração e na memória.

Leia Mais: Um brinde aos chorões: estudo revela que são mais fortes

Um brinde, criança, a nós, por termos superado tudo o que a vida colocou em nosso caminho, cada obstáculo, cada imprevisto, cada amor desfeito.

Vale um brinde também, a eles! Sim!! A todos que nos fizeram sofrer, que nos jogaram na sarjeta e nos picaram em tantos pedaços de agonia e desespero. Um brinde a eles! Pois, sem eles, nada seríamos. Não teríamos nos transformado na pessoa que hoje somos, com coragem, força e experiência.

Um brinde a cada capítulo do livro da nossa vida que rasgamos ou que queimamos. Graças a eles, escrevemos nosso livro!

Um brinde, ainda mais especial, a tudo aquilo que hoje nos tornamos. A aquilo que somos e a tudo o que ainda podemos ser.

Esse brinde, meu amigo ou minha amiga, demonstrará que chegamos até aqui apesar de todas as dificuldades, de todas as lutas, de cada rejeição, humilhação, fracasso ou descaso! Cá estamos nós, erguendo uma taça e dizendo pra nós mesmos que: EU ESTOU AQUI, ENTÃO EU VENCI.

Cris Souza Fontês

Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor do amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.

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