Em muitas ocasiões, a realidade supera a ficção e a ideia proposta pela série americana “The Good Doctor”, que conta a história de um cirurgião com espectro autista, parece não ser tão fora da realidade quanto alguns podem imaginar, pois no Brasil, uma médica com o mesmo espectro tem se mostrado a pessoa mais qualificada para dirigir um hospital inteiro, tornando-se um símbolo de inclusão.
Larissa Rodrigues tem 26 anos, é médica e atualmente percorre os corredores do Hospital Leste Campanha, em Porto Velho, assinando prontuários, ditando diretrizes e gerenciando protocolos para posteriormente intubar pacientes com COVID-19. Às vezes, ela completa turnos de 80 horas por semana! Seus pacientes sempre vêm em primeiro lugar!
Ser tão jovem não foi o que causou polêmica em sua ascensão, mas Rodrigues foi diagnosticada com transtorno do espectro autista e isso trouxe uma onda de dúvidas na comunidade.
Como Shaun Murphy na série de televisão, Rodrigues foi julgada desde jovem e discriminada por sua condição. Ela não tem as mesmas habilidades sociais que a maioria das pesosas, o que significava que tanto na escola quanto na faculdade ela sofria bullying de pessoas que tentavam fazê-la se sentir menos autoconfiante. Mas a verdade é que ela realmente tem uma mente brilhante.
Para se tornar uma profissional, ela teve que lidar com aqueles as inseguranças que herdou dos tempos de bullying. Ele teve que aprender a fazer contato visual com seus pacientes e parar de se sentir envergonhada por cada conquista que fazia. Como ela provou ser um talento, os médicos começaram a atribuir-lhe responsabilidades maiores e a fazê-la sentir-se mais confiante.
Ainda muito jovem, Rodrigues concluiu a pós-graduação em Neurociências na Duke University, nos Estados Unidos, qualificando-se com louvor. De volta ao Brasil, foi listada por diversas instituições para trabalhar.
Depois de ser chamada pelo Ministério da Saúde para a emergência sanitária, Luís Moreira, que trabalha para a pasta, notou em Larissa uma sobrequalificação, grande domínio na área e capacidade de trabalhar sob pressão, pelo que a nomeou diretora do Hospital Leste Campanha.
A Dra. Larissa se considera “muito nerd” e acredita que essa personalidade permite que ela ame mais aprender, sendo extremamente responsável e transformando o conhecimento em procedimentos médicos que acabam ajudando as pessoas.
Entre seus colegas, a comparam ao cirurgião de The Good Doctor, por sua capacidade de salvar pacientes, embora acreditem no fundo que ela tem seu próprio caminho a percorrer com conquistas que não podem ser comparadas nem mesmo ao mais famoso médico fictício. A realidade pode ser mais incrível do que as pessoas pensam!
Com informações de: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/04/16/medica-com-espectro-autista-atua-na-linha-de-frente-do-covid-19-em-ro.htm e USOCL
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Não é médica COM autismo, já que é uma situação permanente. O correto é MÉDICA AUTISTA