Todos passamos por grandes dificuldades e sofremos com isso. Por vezes dói, e dói muito! Sentir a dores, elaborar os lutos, vivenciar as perdas não é ruim, pelo contrário, é necessário no processo de recuperação pessoal. É vivenciando os contrastes que a caminhada nos proporciona, que aprofundamos o autoconhecimento e evoluímos. A partir do momento que passamos por grandes perdas, aumenta o valor que damos à vida … conhecendo a escassez, cresce o desejo pela prosperidade, e assim por diante.
No entanto, por vezes, nutrimos o sentimento de autopiedade. Quando isso ocorre, nos apegamos ao sofrimento e não nos permitimos evoluir. A vitimização mina o aprendizado e a evolução. A vitimização destrói a nossa energia pessoal, os nossos relacionamentos e, inclusive, a nossa imunidade, acarretando a aquisição de algumas doenças, sejam elas físicas ou mentais, como a ansiedade, a depressão, entre outras.
Para saber mais: O valor do sofrimento
Quando terceirizamos a responsabilidade por nossa dor, abrimos mão do privilégio de compreendê-la e superá-la! Quando acreditamos que o outro, ou a vida, ou as circunstâncias são os grandes causadores do nosso sofrimento e, pior, delegamos a eles a responsabilidade pela nossa cura, decretamos a falência do nosso próprio poder de superação, que é pessoal e intransferível. As dores existem, e passar por elas é, de fato, muito difícil, mas cabe a cada um de nós escolher superá-las, ou apegar-se a elas.
Troque a autopiedade pela autocompaixão. Permita-se vivenciar as dores e tenha em mente que não nos curamos da noite para o dia … leva tempo! Mas, a autocompaixão nos permite perceber uma mínima melhora a cada dia e as oscilações que o processo proporciona, a autopiedade só vê destruição. A autocompaixão compreende que a recuperação compete a nós, a autopiedade grita pela atenção e a energia do outro. A autocompaixão compreende o momento e enxerga o futuro com esperança, a autopiedade se entrega às lamúrias e reclamações. A autopiedade nos leva para o caminho da falência emocional, a autocompaixão, do poder pessoal!
Podemos brilhar muito mais!