Acredito que assim como eu, você já se pegou em uma fase onde sentiu a necessidade de fazer uma limpeza interna. Passei por isso recentemente.

Acabei de completar mais um ano de vida. Com a chegada do meu aniversário, senti que precisava limpar algumas sujeiras que estavam acumuladas dentro de mim. Limpei os cômodos de minha casa. Agora estão limpos e arejados. Contudo, enquanto os limpava, procurei entender o que causava tanto pó.

Conforme fui refletindo, entendi que grande parte da sujeita acumulada havia entrado em minha casa porque simplesmente permiti. Havia parado de limpar, e deixei que entrasse entulhos onde deveria ser limpo. Após a limpeza, sinto-me renovada.

Com o coração aberto, entendi que sou a única responsável pela carga emocional que havia dentro de mim. Passei por algumas provas, e no momento da aflição, me deixei abater. Não queria aceitar os obstáculos que a vida estava me impondo, e eu, que sempre fui tão otimista, por um momento, não conseguia enxergar o lado positivos das coisas. Só enxergava negatividade. Meus pensamentos ruins estavam me afastando de minha verdadeira essência.

Hoje, olho para trás, e vejo que ainda tenho algumas barreiras para serem ultrapassadas, mas aprendi a aceitar a realidade, encontrando motivação para seguir adiante.

Todos nós passamos por enfermidades, mas elas não chegam por acaso. O intuito delas é apenas nos mostrar o quão valentes podemos ser.

É normal nos sentirmos fracos, entretanto, temos que ser fortes para não desistimos no meio da batalha. Eu pensei em desistir, mas fiz o que meu coração pediu. Passei pelo processo de aceitação dos fatos, limpei os cômodos, mudei meus pensamentos, e passei a confiar em dias melhores. Entendi que não tenho o controle de absolutamente nada. Deixei que o universo se encarregasse de cuidar do que não posso cuidar.

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Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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