O ‘medo de ter medo’ ou Agorafobia é um estágio complexo e uma das sensações mais recorrentes em pessoas com a Síndrome do Pânico. Em casos mais graves, essa sensação pode levar o indivíduo a se isolar completamente e isso ocorre porque ele evita se expor a situações e ambientes que podem desencadear novas crises de Pânico. Ou seja, o medo de sentir medo, de vivenciar uma nova crise – e isso leva a um ciclo de pânico que faz com que a pessoa tenha sua vida social totalmente prejudicada.
Outros transtornos podem estar associados aos episódios de pânico, como Transtornos de Ansiedade, Fobia Social, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, entre outros.
Normalmente um ataque ou crise de pânico se caracteriza por um medo intenso associado a ao menos quatro destes sintomas: Palpitações, sudorese, tremores ou abalos, sensações de falta de ar ou sufocamento/asfixia, dor ou incômodo no tórax, náusea ou desconforto abdominal, tonturas ou vertigens, sensação de “não ser eu mesmo”, medo de perder o controle ou de “enlouquecer”, medo de morrer, formigamentos, ondas de calor ou calafrios.
As causas do Transtorno do Pânico ainda não são plenamente definidas, embora alguns fatores estejam associados e observados com frequência como facilitadores comuns de crises em pacientes. Alguns destes fatores são: relação biologicamente ligada a uma disfunção dos neurotransmissores (o que poderia agravar a sensação de medo), eventos traumáticos ou intensamente estressantes, uso de álcool e outras drogas, estilo de vida ansioso e estressante, entre outros. Há uma suspeita ainda da ação hereditária, o que não é um consenso, pois alguns pacientes que desenvolveram a Síndrome não relatam sua ocorrência em nenhum outro familiar.
Os sinais do Transtorno do Pânico requerem atenção, mesmo que em sua fase inicial, pois ao serem ‘menosprezadas’ as crises tendem a se repetir e de forma cada vez mais intensa, já que o paciente passa a sentir medo constante de que elas ocorram novamente, o que leva ao ciclo de medo já citado.
Por isso é importante buscar auxílio psicológico e médico. O apoio familiar também é muito importante, pois em casos mais graves é válido que a pessoa esteja sempre acompanhada e se sinta amparada.
Referências:
– Ballone GJ – Síndrome do Pânico – in. PsiqWeb, Internet – disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2015.
– Síndrome do Pânico
(Autora: Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica)
(Fonte: psicologiaacessivel)
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