Por vezes, o caminho é tão penoso, tão duro, que, de tão difícil que é, nos identificamos com ele. Não temos clareza suficiente para perceber que há outro ou outros caminhos a percorrer.
Estamos de tal forma identificados com esse padrão em que seguimos num caminho que já não é o nosso.
Vamos morrendo um pouco todos os dias quando insistimos em mantermo-nos nessa viagem, aprisionados pela rotina e pela segurança que ela nos traz.
Mas tu, tal como eu, sabes que, a determinada altura, esse caminho passa de desajustado a insuportável. Aí, vais chegar á conclusão de que não sabes o que fazer para alterar o caminho, mas sabes o mais importante: sabes o que não queres e, que para trás, deixou de haver caminho.
És obrigado a olhar em frente, sem rota definida, mas com um objetivo bem concreto, talvez, até ao dia de hoje, o objetivo que mais te motivou a iniciar essa nova caminhada. Tu!
Quando passas a seres tu a prioridade, estabeleces novos padrões, alinhados com a tua missão, que provavelmente, até esse dia, não sabias qual era.
Antes de iniciares essa nova caminhada, vais ter medos, vais fugir de algumas situações das quais antes não fugias, mas essa fuga vai ser cada vez mais incomodativa.
Sabes porque é que essa fuga começa a incomodar cada vez mais?
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Porque estás a fugir de ti, do teu interior, do teu amor de ti para ti. Esse amor que provavelmente nunca estiveste habituada e que é maior do que tudo. Quebrar esse padrão não é propriamente fácil, seria incorreto se te dissesse que sim, mas esse desafio é o que o teu interior te está a propor.
Aceitas ou foges?
Quando foges de uma verdade como essa, foges de ti, provavelmente como tens feito até aqui.
Existem dois tipos de caminho, o que destrói e o que constrói, o que acrescenta e o que retira, o que evolui e o que regride, o que tem um término definido e aquele em que és tu que define o término, o que te faz amar de fora para dentro e o que te faz amar do interior para o exterior, o que foca o objetivo nos outros e aquele que foca o objetivo em ti.
Que caminho estás a fazer, o da profundidade ou da superficialidade?
Se leste este texto até aqui, é bem provável que estejas prestes a fazer o caminho da profundidade, da aprendizagem, de dentro para fora. Caso contrário, não faria qualquer sentido ler um texto destes, tão entediante. Quanto mais fugires das etapas que tens de cumprir, mais sinais interiores vais ter para que foques no que é preciso.
Sabes, há tantas pessoas que passam ao lado deste caminho de profundidade e tu, que tens algo dentro de ti que te está a puxar para essa verdade, tens de te sentir abençoada por isso.
Esse primeiro passo que estás a prestes a dar, ou que já deste, é o mais importante, pois assumiste que para trás já não há caminho, tal como eu assumi e, quando estás a fazer este novo caminho, as dúvidas impulsionam em vez de travar, os problemas tornam-se desafios.
Vive, em vez de reviver. Transforma em vez de aceitar. Constrói em vez de idealizar. Sê tu própria daqui para a frente. Não deixes que te imponham uma verdade que não seja a tua.
*Título original: O Caminho
Lindas palavras!