“Eu, que pago para não sair de casa, que só saio da toca em caso de emergência, tenho algumas dicas para você se distrair enquanto estiver em isolamento forçado.
Há 8 anos vivo enfurnada e há sempre coisas interessantes para fazer.
Nada melhor do que ter a companhia de bichos, que oferecem serenidade e alegria: cuidar e brincar com animais faz o tempo passar de maneira mais divertida.
Arranjar uma mudinha de planta e acompanhar o crescimento dela é emocionante.
Aproveite e plante em vasinhos: cebolinha, salsinha, tomates-cereja… até alface.
Descole uma orquídea, ainda com brotinhos, para acompanhar o desabrochar, lindamente, dia a dia.
Espalho telas e tintas sobre uma mesa e me arrisco a pintar alguma coisa, mexer com cores dá uma alegria na cabeça enquanto escuto músicas que me fazem feliz.
Tenho feito tricô, fabrico mantas para os bichos usarem quando o inverno chegar.
Escrevi uma letra vudu sobre o coronavírus e fiz uma música punk para combinar com a noia que acontece: chama-se ‘Vírus do horror’.
Faço minhas unhas e pinto de várias cores.
Pratico feldenkrais por skype para meu corpo não enferrujar. Assisto séries diversas e filmes antigos na TV.
Outro dia matei a saudade de um clássico dos anos 1950, “O dia em que a Terra parou”, bem no clima de hoje.
E, é claro, sempre rola um filme de James Dean no salão.
Escolhi passar apenas 3 horas por dia acompanhando as notícias do coronavírus, mais do que isso fico deprê.
Depois, acendo velas e incensos na frente do meu altarzinho com todo tipo de divindades.
Peço, em especial, para Nossa Senhora Aparecida proteger o Brasil com seu manto milagroso.
Ando fuçando minha biblioteca, escolhendo livros que já li e esqueci.
Arrumo gavetas, jogo fora um monte de traquitanas inúteis que acumulei ao longo dos anos.
Fico namorando e limpando minha coleção de cristais phantom e meus pesos de papel.
Lavo as mãos duzentas vezes por dia cantando “Parabéns a você” e estou viciada em passar álcool gel, hábitos modernos.
Tenho a sorte de morar numa casinha no meio do mato com meu namorado e passeamos pelo jardim conversando com as plantas.
Acabei de escrever um livro e não consigo defini-lo: se é um diário, citações esquisitas, autoajuda a mim mesma ou nonsenses da minha cabeça.
Pego o violão e noto que esqueci como tocar a maioria das minhas músicas.
O que me deixa mais triste é não poder receber visitas dos meus filhos e netos, mas nada que um face time não resolva provisoriamente.
Minha impressão é a de que nesse confinamento forçado que a humanidade está sendo obrigada a passar há um propósito Divino.
Um teste para que aqueles que sobreviverem a essa guerra invisível se conscientizem de que o planeta Terra está realmente sendo destruído pelos donos do poder de cada país.
E que se não modificarem radicalmente seus comportamentos em todas as áreas, aí, sim, será a Terceira Guerra derradeira. Saúde física, mental, psicológica e espiritual para todos!” Rita Lee
#fiquememcasa
#vamosvencer
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Excelente. Estou mais ou menos na mesma vibe.
Ótima dicas,acredito que minha sanidade mental está bom fico um pouco preocupada com as pessoas que tem mente fracas,com a nossa economia.Como que vamos chegar ao final do ano e olhar para trás e ver essa guerra, os resultados disso....como será?
Sigo confiante, sei que teremos bons resultados.
Percas também é inevitável,mas vamos ter energia positiva e tem um Deus único e perfeito em refazer o certo para nós.A palavra é fé.