Durante muito tempo recusamo-nos ouvir o que o nosso interior tem para nos dizer, tanto tempo que o fosso aumenta de tal forma que deixamos de ter contato com a outra parte de nós, a parte do equilíbrio.

Erradamente tentamos procurar em bens, em pessoas, em situações, mas, á medida que o encontro se vai aproximando, essa falsa sensação de bem-estar vai sendo cada vez mais curta, levando, todos os dias, a um vazio cada vez maior. A exigência com os outros torna-se cada vez maior, esperamos tudo, depositamos tudo fora de nós para nos sentirmos bem. Esquecemo-nos que a exigência tem de partir de nós, única e exclusivamente para nós.

Questionamo-nos: O que é que se estará a passar conosco? Por que é que andamos cada vez mais irritados? Por que é que andamos cada vez mais cansados? Por que é que o sono já não é revitalizante? Por que é que a cada dia nos custa mais levantar da cama? Por que é que a cada dia que passa nos sentimos mais vazios, cada vez mais isolados, mais sozinhos, mesmo quando estamos rodeados de outras pessoas, com menos capacidade para pensar? A resposta é a mesma de sempre, centro-nos ou nas aquisições, ou na validação externa que poderemos obter dos outros, ou nas situações que nos poderiam dar um prazer imediato, ou no trabalho excessivo, ou nos objetivos dos outros, ignorando todas as tentativas de encontro conosco.

Até que…

Fechamo-nos no nosso mundo, batemos a porta e finalmente olhamos para dentro.

Normalmente é das visões mais aterradoras que temos. Observar que vivemos de crenças limitadoras, de uma realidade supérflua e sem essência, limitado pela visão desfocada que temos da vida. Crenças, superficialidade, falta de essência e falta de foco levam a autoconfiança, o amor-próprio, o autoconhecimento. A falta de confiança é tão vincada que tudo na vida se resume a uma questão de sorte, sem qualquer valor interno, perdendo a mínima noção que a sorte é o cruzamento de duas linhas, a linha da preparação e a linha da oportunidade.

Recusa em ouvir a voz interna do equilíbrio, recusa em entender os sinais, recusa na aproximação á nossa pessoa, recusa de sentir o nosso interior, recusa de tudo e aceitação do nada.

A recusa dá lugar a várias mudanças, mudanças essas que levam a uma transformação, ao autoconhecimento, à total harmonia entre nós e o nosso propósito de vida. Focarmo-nos nos problemas torna tudo muito doloroso, penoso e acima de tudo, inalterável. Arrastar essa decisão leva-nos a abrir novamente a porta que muitas vezes já batemos. Deixar a porta entreaberta seria uma meia verdade, uma meia conquista, um meio eu.

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Não tenhas receio dos tempos que aí vêm. Quando acontecem estas mudanças sentes uma confiança tão grande na tua pessoa, nas tuas capacidades e por isso, só um caminho te resta, o sucesso pessoal. Aconteceu comigo e eu não sou mais do que tu.

Quantas vezes já recusaste as tuas emoções? Quantas vezes já te focaste no que está em falta? Quantas vezes sentiste que os outros são mais preenchidos que tu? Quantas vezes se gerou em ti um sentimento de Auto rebaixamento? Quantas vezes alimentaste uma doce sensação para o que está em falta, preservando assim uma emoção de melancolia?

Nem todas estas perguntas vão se encaixar em ti, mas, talvez uma se identifique contigo. Se assim for passaste de ser a máquina para seres o observador, o observador do teu comportamento.

A única coisa que difere aqueles que hoje chamamos grande empreendedores, as pessoas que mudaram a nossa sociedade com novas ideias, não é a inteligência, é o foco e a determinação.

Situa-te, Equilibra-te, Renasce!

(Imagem: Giulia Bertelli)

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fundador da Fullmind coaching. Vive em Coimbra e tem o curso de Programação Neurolinguística e certificado pelo Instituto Eneacoaching de Portugal. Desenvolveu o Programa de Transformação Pessoal SER, assente na metologia de nove passos. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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