As noites parecem mais longas que o comum. O espaço na minha cama me consome. O silêncio do meu quarto me sufoca. É assim que sinto quando toda vez que me deito sozinho.
Não estou falando apenas sobre carência. Na verdade, isso tudo é quase um buraco negro que me suga.
É o meu corpo, feito para amar e receber amor, vivendo de migalhas porque ainda não achou o ponto certo para fazer um lar.
Voltar pra casa sozinho se tornou um hábito. A noite é sempre movimentada, cheia de gente e bocas e corpos. Mas ninguém leva nada a sério. Não querem saber meu nome. Mal olham nos meus olhos.
Portanto, não me culpe de todas as vezes que seu celular chamou de madrugada.
É quando a solidão mais aperta.
Leia mais: Solidão
E eu sei que você está ali, disponível para qualquer coisa, livre para saciar meu desejo carnal ou mesmo para ocupar em meia dúzia de palavras a tela do meu celular, fazendo meu coração sentir qualquer coisa além de frio.
Sei que é vazio. Sei que não represento nada além de mais um contato na sua agenda. Sei também que sou mais do as fotos do meu corpo que te mando ou os assuntos aleatórios que invento para preencher a minha carência.
Mas já que agora não posso ser mais que isso a alguém, acabo me contentando com pouco. Uma gozada e eu já estou pronto pra dormir.
Leia mais: 12 necessidades que são a causa dos vazios em nossa alma
E não venha me dizer que você nunca se sentiu assim. Que seu corpo nunca pediu atenção. Que o vazio que as vezes você sente por dentro nunca fez seu peito doer e te obrigou ser quem você não é.
Precisamos sentir.
Quer seja amor, tesão ou desejo.
Leia mais: Como deixar de se sentir sozinho
Então, busco por qualquer um dos tantos números que habitam minha geladeira.
Não tem sido fácil querer amar alguém nos dias de hoje. Tenho sentimentos que precisam sair daqui de dentro de alguma forma, e te procurar as 3 da manhã é o jeito mais fácil disso acontecer.
(Autor: Pedro H. Lopes)
(Fonte: euquetantoamo.wordpress.com )
Texto foda!
Pensei que só acontecia comigo… Rs
É quando a noite chega…