Sobre aquele clichê: “Só aprendemos na dor, só crescemos no sofrimento”.
Será que não falta um ponto de interrogação nessa afirmação?
Pois se nós não formos capazes de analisar mais friamente, os momentos que mais sofremos podem ser exatamente os que menos aprendemos.
Nos relacionamentos amorosos, por exemplo, algumas vezes sofremos, nos martirizamos, temos a certeza que somos a maior vítima do mundo e que ninguém nunca poderá entender a nossa dor, a tal dor de amor.
Mas vamos confessar que se fazer de vítima tem lá o seu glamour e o seu clima “rodriguiano” pode ser realmente tentador.
Rímel borrado, cabelo bagunçado, cair lentamente Atrás da Porta enquanto escuta o clássico do Chico Buarque com o mesmo nome, reler as cartas de amor, ver as fotos e depois rasgá-las. Sem dúvida, todo esse drama mexicano é no mínimo instigante!
Mas muitas vezes estamos tão mergulhados no cenário dessa bela encenação que fica realmente difícil aprender ou refletir sobre alguma coisa além do próprio drama, muito pelo contrário, após tudo isso, normalmente voltamos a ter a mesma atitude infantil e procurar um culpado ou uma justificativa externa para tudo aquilo que sentimos ou ainda pior, voltamos a praticar os mesmos erros nas próximas relações.
Meus caros, sinto informá-los, mas as respostas para esses conflitos estão em único lugar, com uma única pessoa e inseridas em um outro pensamento bastante clichê: Sim, dentro de cada um de nós.
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Já parou para pensar porque às vezes sofremos tanto? Porque grande parte dos términos são sempre doloridos? Porque as relações não podem ser mais simples? Afinal, quem disse que amor rima com dor? E você já se perguntou quem sofreu por “amor”? Você ou o seu ego?
Nosso ego pode ser tão mal trabalhado quanto nosso conceito de amor.
Quando tomamos um pé na bunda, por exemplo, muitas vezes já sabíamos que a relação estava acabada, que o sentimento havia mudado e que o que nos prendia àquela pessoa era simplesmente o medo de ficarmos sós ou de recomeçar.
Mas nos paralisamos pelo medo e continuamos a empurrar vergonhosamente a relação com a barriga, com o pé e com o corpo inteiro.
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Até que chega o momento em que o corajoso, do outro lado, resolve por um fim naquilo que já estava fadado ao fracasso!
E então, o que fazemos após o término? Choramos, nos descabelamos, quando o mais sensato seria ficar aliviado, feliz e desejar o bem daquele que teve um ato de coragem pensando na felicidade de ambos!
Não vou ser hipócrita e afirmar que não sentimos saudade e falta do convívio; mas o drama é completamente desnecessário! É simplesmente o nosso ego falando mais alto e implorando por atenção.
E o papel dos nossos parceiros nessa história toda? Afinal é assim que eles deveriam ser vistos, como parceiros, pessoas com vontades e vidas próprias, que tem o direito de ir e vir, de chegar e dizer adeus.
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Mas algumas vezes nós somos capazes de transformá-los em nossos “salvadores” ou até mesmo nas próximas vitimas dentro do nosso mundo encantando de Alice no qual tendemos a ser muito mais a Rainha de Copas atrás do príncipe encantado do que a própria Bela Adormecida.
Pois é, contos trocados, carências saciadas, mas nenhum sentimento verdadeiro mencionado.
Somente quando sentirmos a dor e pararmos para analisar mais calmamente é que talvez possamos entender que tudo isso está muito distante do real significado da palavra amor, inclusive o amor próprio, que já deve ter se perdido no meio de tanto drama.
E compreender que o verdadeiro amor é doce, é leve e sabe valorizar quando o outro está e compreender quando o outro precisa ir.
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O amor então poderá se sobrepor ao egocentrismo. O drama e a encenação não serão mais necessários.
E a descoberta do amor próprio poderá levar a sensações muito mais verdadeiras do que qualquer drama mexicano!
(Autora: Débora Delta )
(Fonte: vocepodeserfeliz.com )
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