Algumas pessoas acordam todos os dias e dizem a si mesmas que querem mudar, que já não aguentam mais, que precisam a todo custo encontrar novos rumos e ter novas perspectivas de vida. Só que não saem do sofá. Não tiram o pé do lugar. Nunca colocam nem a cara na janela pra tentar ver novos horizontes. Estes nunca mudam de vida.

São pessoas que vivem a esperar a hora certa, o dia certo, o momento adequado, um dinheiro, um curso, uma pessoa. E só encontram desculpas. O medo de tomar decisões não deixa a coragem chegar. Vivem a esperar pela sorte. Vivem a mentir para o tempo. Vivem a enganar a si mesmos.

Tem gente que só pensa em tomar alguma iniciativa quando já estão perdidas, sem saída. Só querem tentar resolver a vida, quando não tem mais nenhuma chance. Buscam uma outra história, quando já não dá mais.

Só que não se dão conta de que a vida passa, o tempo tapa os olhos e, pacientemente, o que era pra ser um futuro melhor, vai sendo varrido pra debaixo do tapete. É quando a preguiça do espírito se reflete nos comportamentos do corpo.

É quando a pessoa se entrega. É quando a pessoa se enterra. E o tempo, impiedoso, passa e vai deixando suas marcas.

São muitos os que deixam adormecer dentro de si, as vontades, ambições, sonhos e desejos. São muitos os que não conseguem realizar, absolutamente, nada.

Acham as montanhas tão altas que não se atrevem a subir, acham os desafios tão fortes que não se atrevem a lutar, acham os obstáculos tão grandes que desistem de enfrentar. O medo de cair lhes tira toda a possibilidade de conquista das alturas. E por isso ficam no chão. E do lugar não saem. E choram a cada derrota.

De uma coisa eu sei: somos capazes de superar qualquer coisa. Somos bons em qualquer coisa, quando nos propomos a ser. Nada pode ser tão grande, quando a vontade é maior. Pode até não haver muitas chances e oportunidades, mas quando temos vontade e coragem, somos capazes. Fazemos acontecer. E conquista nenhuma, sonho nenhum fica tão distante.

A gente aprende que o medo das mudanças é o que afasta a felicidade. Aprende isso com cada momento em que suspiramos mais fundo, sentindo a falta do que queríamos ter. A gente aprende com cada mancada. Cada lágrima que cai. Casa suor que escorre. Com cada sorriso que escapa.

Aprende com cada aula grátis dada pelo mundo. Alguns aceitam e chamam isso de destino. Uns chamam de sorte, outros de azar. Mas tudo depende mesmo é de você.

Você precisa aprender a abrir os olhos ao invisível. Acreditar no inacreditável. Escutar o inaudível. Fazer o impossível. Não tenha olhos cegos, não tenha ouvidos surdos, não tenha uma boca muda, não tenha um coração fraco, aprenda a usar tudo o que tem.

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Principalmente a fé. Aprenda com cada dia de luta. Saiba carregar o peso da lida. Descobrir o mistério da vida.

Achar a entrada das portas corretas e ir. Destrancar as porteiras dos trajetos mais difíceis e se aventurar. Seguir sem ficar olhando o que ficou pra trás. Ir sem querer saber demais. Ir pra descobrir o que está lá onde você sonhou chegar. Respirar novos ares. Amar novos amores. Se pintar de novas cores. Reviver. E isso é possível. Apenas relaxe e vá com calma quando disserem que é muito difícil.

O que perdemos já está perdido, concentre-se e empenhe-se no que pode ser ganhado. Tenha isso em mente. Chorar pelo leite derramado é atitude de derrotado.

Grandes realizações, quando somente sonhadas, jamais se transformam em realidade. Sonhe muito, mas com a consciência de que acordado e com os pés no chão, é que as coisas realmente acontecem. Calce seus sapatos, creia que vai dar certo e corra pra construir o seu caminho.

Faça de seu problema uma motivação e não se importe muito com a velocidade do alcance de cada conquista, desde que você nunca pare e jamais desista. Sempre há tempo de retomarmos as rédeas da vida e nos transformarmos no melhor que podemos ser. Faça isso por você. Faça acontecer!

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Escrever é uma fuga que sempre uso. Não tenho temas. Não tenho destinos. Alguns devaneios e desatinos, quem sabe. Solto as palavras ao vento. Viajo ao vê-las viajando pelo ar. Recolho as que voltam nos relentos das manhãs e me lavo em seus afagos. Eu me aguo, renasço. Palavras me acariciam a alma, despertam-me sentimentos, paz, calma. Leio, releio, rascunho e escrevo. Faço dos textos da minha lida, as estrelinhas da minha vida. Sou colunista do site Fãs da Psicanálise.

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