“Gostoso mesmo é quando o tempo confirma que tomamos a decisão correta.” (Felipe Rocha)

A vida, todos sabem, é feita de escolhas. Escolhemos o tempo todo, desde que acordamos até o momento em que deitamos para dormir. As decisões que tomamos influenciarão o resto de nossas vidas, pois as consequências baterão à nossa porta, mais dia, menos dia. Daí ser tão difícil sabermos que atitude tomarmos diante de algumas situações, uma vez que tais ações implicam aspectos vitais de nossa jornada.

Perdoamos mais um vacilo do parceiro ou não? Acreditamos nas desculpas do amigo ou não? Partimos ou não a outros caminhos? Vale a pena a oferta de emprego recebida? Inúmeros são os exemplos de questionamentos que inundarão os nossos dias, deixando-nos com muitas dúvidas quanto à melhor decisão a ser tomada. Fácil é escolher qual lanche pedir, difícil é ter clareza quanto à manutenção de certas pessoas e situações em nossas vidas.

As dúvidas que mais nos assolarão estarão relacionadas a aspectos que envolvem a carga afetiva que carregamos dentro do peito. Porque a gente se apega às pessoas e não é fácil afastar-se de alguém a quem nos ligamos sentimentalmente. E a gente acha que não vai conseguir seguir sem algumas pessoas, como se nossa felicidade dependesse da manutenção delas em nossas vidas. E, pior, a gente se prende até mesmo ao que nem é tão bom assim, a quem nem soma quase nada, a quem, na verdade, nem faria falta.

Bom mesmo é quando a gente toma coragem e rompe com algo que queríamos muito, mas nos fazia sofrer. Quando não mais suportamos as lágrimas que teimam em inundar os nossos olhos e, ainda que tremendo por dentro, damos um basta. Quando conseguimos, com a voz fraca que seja, dizer não a quem só quer se aproveitar, a quem nos enxerga somente quando precisa de favores. Quando nos amamos o suficiente para perceber que o que estão nos oferecendo é porcaria.

Não será fácil, atravessaremos noites densas e escuras, choraremos muito e doerá fundo na alma, porém, libertarmo-nos dos pesos inúteis, com o tempo, trará paz e leveza aos nossos jardins. Simplesmente porque constataremos que tomamos a atitude correta, a única atitude que poderia nos salvar de nós mesmos. E sorrirmos ao nos lembrar disso tudo será uma das melhores sensações de nossas vidas.

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Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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