Achar que a vida será sempre calma, tranquila, e que as pessoas não vão ser maldosas, é utopia. Manter o pensamento positivo é necessário, mas sem se fazer de cego ou se enfiar numa bolha que supostamente protege contra a realidade que grita lá fora. Ser otimista não significa ser alienado, ou seja, temos que nos manter alerta para poder lutar contra o mal que nos lançam vez ou outra.

E essa luta contra o que vem de fora deve começar por dentro de cada um, na forma como lidamos com o que nos chega de ruim. A questão não é tentar fugir do que é desagradável, mas enfrentar aquilo tudo com nossas ferramentas emocionais, para que a tristeza não faça morada na gente.

Infelizmente, existem pessoas más, infelizes, que tentarão nos atingir sem razão aparente, pois a lógica doentia dessa gente nunca será entendida por quem é feliz de verdade.

Teremos que nos munir de estratégias que combatam o demorar-se na dor, na decepção, nos tombos recorrentes de nossa jornada. Temos, primeiramente, que nos cercar de gente boa, positiva, verdadeira, gente que possui amor sincero em seu coração. Quanto mais bem acompanhados estivermos, mais felizes seremos, porque bondade atrai bondade, que atrai sorrisos, que atraem felicidade: a matemática da ternura.

Além disso, precisaremos ser inteiros, seguros, fortalecidos enquanto pessoas, sem dúvidas quanto ao que vivemos, quanto ao que dizemos e fazemos. Precisaremos nos aceitar e nos perdoar, para que nossa autoestima se engrandeça a cada dia, para que nos orgulhemos de nós mesmos, para que o amor próprio seja parte integrante e indissociável de nossa essência. Precisaremos nos olhar no espelho sem medo, com a luz acesa, com os olhos bem abertos e um sorriso aberto e grato pelo que está ali refletido.

E é assim que conseguiremos ficar em paz com a gente mesmo, porque teremos certeza de que estaremos no caminho certo, ao som harmonioso das batidas de nossos corações. E é assim que ficaremos tranquilos frente às maldades que nos fizerem, porque nossa essência nos garantirá que jamais agiríamos daquela forma, sendo maus, ruins, babacas e infelizes. Sigamos!

*O título desse artigo baseia-se em citação de @entreparabrisa

(Imagem: Bruce Mars)

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Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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