O post de hoje é uma visão geral de três das formas de psicoterapia: terapia psicodinâmica, terapia comportamental e terapia cognitiva. Estas terapias são bastante complexas, por isso apresento aqui uma versão simplificada com o propósito de oferecer uma visão geral.

Psicoterapia psicodinâmica

Esse tipo de terapia pressupõe que nossas motivações e dinâmicas inconscientes são a fonte de muitas de nossas dificuldades emocionais.

Além do inconsciente, experiências passadas, relações interpessoais e a própria relação terapêutica (por exemplo, transferência) também são analisadas na terapia psicodinâmica.

A transferência refere-se à tendência de um cliente de encenar inconscientemente antigos padrões de relacionamento. Por exemplo, uma paciente do sexo feminino que busca constantemente ser tranquilizada por seu terapeuta masculino pode estar temendo a rejeição dele, da mesma forma que uma vez temeu a rejeição de outra figura de autoridade, seu pai autoritário.

Um dos objetivos da terapia psicodinâmica é ajudar o cliente a desenvolver a percepção. No cenário acima, o terapeuta espera que o cliente obtenha percepções sobre seu comportamento e perceba como seu passado continua a influenciar seus relacionamentos atuais. Essa percepção poderia eventualmente afrouxar o domínio dos velhos padrões em seu comportamento atual.

Terapia Comportamental

A principal área de foco para esse tipo de terapia é o aprendizado.

Vamos examinar o caso de um homem que tem fobia de cachorros.

Como ele pode desaprender a associação entre cães e medo? O que é necessário, de acordo com um behaviorista, é fazer uma conexão recorrente de cães com estímulos (objetos ou eventos) que são incompatíveis com o medo.

Mas que tipo de estímulo seria incompatível com o medo? Que tal um estado de relaxamento?

Para desaprender a associação entre o medo e os cães, o jovem é encorajado a praticar o relaxamento enquanto estiver na presença de um cão. Com o tempo, à medida que se sente cada vez mais relaxado, ele seria capaz de passar mais tempo na presença do cão, aproximar-se do animal e, eventualmente, até tocá-lo ou acariciá-lo, tudo isso enquanto permanecesse relaxado. Então, da próxima vez que ele se deparar com um cachorro na rua, é provável que ele esteja mais relaxado e com menos medo.

Terapia cognitiva

A terapia cognitiva assume que os pensamentos são a fonte de dificuldades emocionais e comportamentos problemáticos. Se mudarmos nossos pensamentos, mudaremos nossos sentimentos e comportamentos.

Para ilustrar, vou usar o caso de Oisha e sua terapeuta cognitiva, Mary.

Oisha sente-se bastante ansiosa sempre que participa de uma reunião formal.

Mary pede a Oisha para prestar atenção aos seus pensamentos nessas situações sociais e para anotá-los. No início, Oisha não está ciente do que ela está pensando quando está se sentindo particularmente ansiosa, mas aos poucos ela ganha mais consciência.

Considere alguns dos pensamentos comuns de Oisha em situações sociais:

– Minha maquiagem, roupas, etc, têm que ser impecáveis
– Eu devo parecer interessante e inteligente
– Eu tenho que ser segura e confiante
– Eu não devo suar, corar, tremer, etc.

Dado que Oisha estabeleceu padrões tão impossíveis de aparência e conduta para si mesma em reuniões sociais formais, não é surpreendente que Oisha se torne altamente ansiosa em tais situações.

Na terapia, as crenças de Oisha precisam ser exploradas. Mary pede a Oisha que considere modificar algumas de suas crenças e substituí-las por outras menos exigentes. Por exemplo, substituir “Eu devo parecer inteligente” por “Prefiro parecer inteligente”.

Essa mudança no pensamento de Oisha permitirá que ela se sinta mais relaxada e menos ansiosa em reuniões formais.

(Link original: psychcentral)
*Traduzido e adaptado por Marcela Jahjah, da equipe Fãs da Psicanálise

*Texto traduzido e adaptado com exclusividade para o site Fãs da Psicanálise. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.

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