Todo mundo conhece aquela pessoa completamente alucinada por um clube de futebol, seja um amigo, familiar ou até mesmo você. Afinal de contas, essa atitude é positiva para a saúde psicológica?
Se existe um interesse tipicamente brasileiro que ultrapassa quaisquer barreiras sociais, de gênero, idade ou geografia, esse interesse com certeza é o futebol. Não é à toa que o Brasil é referência internacional no esporte, com alguns dos melhores atletas e os fãs mais apaixonados pela atividade.
Essa paixão, naturalmente, tem reflexos na saúde mental, de maneira positiva e negativa. Esse texto busca explorar a relação entre o futebol e a Psicologia e como torcer para o seu clube do coração pode interferir em um aspecto essencial para uma boa qualidade de vida. O assunto é válido e complexo.
Como a Psicologia se relaciona com o futebol?
A relação primária que se estabelece entre o futebol e conceitos de Psicologia pode ser observada a partir dos hobbies. A atividade é algo prazeroso que experimentamos no tempo livre e que permite momentos de entretenimento e diversão. Esse aspecto é essencial para a saúde mental individual.
A prática do futebol como hobby aparece de diferentes formas: ao assistir partidas, ao jogar videogames sobre o esporte, em jogos nas casas de apostas com depósito mínimo de 5 reais ou no comparecimento aos estádios. Como pode perceber, as atividades relacionadas são online e offline e exige muita responsabilidade, além de não se tratar de um investimento.
Ambos os espaços para o aproveitamento do futebol exploram as questões dos hobbies, relacionando-se com outras atividades, como assistir mídias audiovisuais ou interagir a partir dos jogos. Nesse sentido, a associação entre as duas áreas tem um caráter neutro e indiscutível no nosso cotidiano.
Os aspectos positivos da torcida fervorosa
Alguns dos pontos positivos do futebol na saúde mental já foram mencionados brevemente no tópico anterior, mas merecem ser explorados em mais detalhes. Embora o tópico abaixo vá falar de alguns elementos negativos, a maioria esmagadora das atividades tem impacto benéfico para nossa cabeça.
Em primeiro lugar, podemos explorar o sentido de pertencimento e comunidade. Torcer por algum time permite que tenhamos interações com diferentes tipos de pessoas, as quais são facilitadas por esse interesse em comum. Fazer amizade, então, se torna muito mais fácil com a ajudinha do futebol.
Outros aspectos muito positivos são a busca por informações e o interesse pelos esportes, o que melhora nosso pensamento crítico e incentiva a prática de atividades físicas. Manter a tradição de uma “pelada” com os amigos nos finais de semana é uma excelente influência para a saúde mental.
Cuidados com a paixão além da conta
De cara, precisamos explorar uma verdade absoluta sobre o futebol e a sua interferência na saúde mental: todos os pontos negativos são derivados do excesso. Isto é: quando mantemos a paixão pelo esporte e por um clube específico como hobby praticado no tempo livre, não há nada de negativo.
A coisa muda de figura quando analisamos o fanatismo, muito presente em diversos esportes competitivos, não somente o futebol. Quando a paixão nos cega, começamos a observar o outro como inimigo, o que está longe de ser verdade. Fãs de clubes rivais não são inimigos apenas pela torcida.
O mesmo vale para o tempo dedicado à atividade, o qual pode interferir em outras tarefas cotidianas. Embora seja indiscutível a importância de ter um tempo livre para cuidar da saúde psicológica, é importante não deixar de lado responsabilidades do dia a dia, como trabalho e cuidados com a casa.
Como podemos concluir, a paixão pelo futebol segue a mesma regra de qualquer outro hobby: ter uma paixão é extremamente saudável, desde que exista limites demarcados. No caso do esporte mais importante do país, é importante não deixar que o ato de torcer interfira na saúde física e mental.