Saúde

PREVENÇÃO CONTRA A DEGENERAÇÃO DO CÉREBRO E SUAS FUNÇÕES

O cérebro requer prevenção e devemos ficar atentos aos sintomas. Uma das dificuldades maiores em relação às doenças neurodegenerativas é a detecção precoce do seu desenvolvimento para que medidas sejam tomadas tentando reverter sua progressão.

No futuro, teremos um exame de sangue disponível com o potencial de prever o desenvolvimento de sintomas de demência. Esta é uma lacuna importante na luta contra a degeneração cerebral, que geralmente só apresenta sintomas numa fase avançada, já que várias terapias promissoras foram testadas nos últimos anos, mas todas falharam na reversão dos quadros graves já estabelecidos.

A grande beleza de estudar o cérebro, é que quanto mais aprendemos, mais fascinados ficamos por sua complexidade. O ano de 2014 foi um grande ano para este órgão do pensamento e da coordenação neural com notáveis pesquisas na área da neurociência e muito mais ainda está por vir.

O governo americano abriu um grande fundo de pesquisa com mais de 100 milhões de dólares só para estudar o cérebro. Nunca antes, tanto dinheiro foi colocado em sua pesquisa. Enquanto exames, preditores e biomarcadores mais eficazes ainda não estão disponíveis, devemos usar a prevenção ao nosso favor, fazendo o que já está ao nosso alcance e comprovado: alimentação saudável, sono de qualidade, atividade física regular e usar os suplementos já comprovados na ajuda da prevenção da atrofia e envelhecimento cerebral.

Leia mais: Alterações inflamatórias no cérebro se manifestam cerca de vinte anos antes de aparecer o Alzheimer

Jogos eletrônicos, xadrez, desafios com contas e números são fundamentais apara manter o “músculo cerebral” afiado. Como diziam nossos antepassados: “Cabeça vazia, oficina do diabo” e um dos diabos hoje se chama Alzheimer.

Além dos mais comuns que temos acesso todos os dias como ovo, azeite de oliva, óleo de côco, abacate, frutas e legumes (de preferência crus…em outro artigo escrevi como pesquisas mostram que legumes e verduras cruas tem a capacidade de alterar nosso DNA, praticamente “curando” enfermidades que já se manifestam ou estão latentes em nossas células, damos abaixo algumas dicas de componentes de alimentação que colocam o cérebro para funcionar.

ROMÃ

A romã contém níveis elevados de polifenóis, que são moléculas de origem vegetal com diversos estudos relatando propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras.

Estudos em animais revelam que a suplementação de suco de romã retarda o desenvolvimento da doença de Alzheimer, uma das principais causas de atrofia. Esta proteção pode estar relacionada com a capacidade dos polifenóis da romã em retardar a morte de células cerebrais.

Leia mais: Doenças que possuem sintomas semelhantes ao Alzheimer

Estudos em humanos demonstraram melhorias significativas em cognição e memória com o consumo de 230ml de suco de romã por dia, e as pesquisas de laboratório com células cerebrais humanas em cultura, mostram que os polifenóis da romã protegem as células cerebrais contra as mudanças que ocorrem em outras doenças neurodegenerativas.

RESVERATROL

O resveratrol é um componente importante das uvas vermelhas e algumas outras frutas escuras que têm sido utilizadas na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, distúrbios cardiovasculares e outras condições neurológicas. Os pesquisadores também estão explorando seu uso como um neuroprotetor potente contra os efeitos de atrofia cerebral relacionados à obesidade e a uma dieta rica em carboidratos.

Em pesquisas com animais obesos, o resveratrol protegeu o tecido cerebral de dano oxidativo, um precursor para a morte de células cerebrais e, em ratos alimentados com uma dieta rica em carboidratos, o componente além de proteger contra o dano oxidativo, reduziu as lesões de células endoteliais cerebrais.

Leia mais: Cientista brasileiro revela espantoso poder da vitamina D contra a esclerose múltipla

Isso pode explicar os resultados de um estudo de 2014 que demonstrou que em adultos saudáveis com sobrepeso que foram suplementados com 200mg/dia de resveratrol, houve melhora nas ligações funcionais entre o hipocampo e as áreas frontais do cérebro, acompanhadas por um melhor desempenho da memória, bem como um melhor controle de açúcar no sangue, novamente apontando para as complexas interações do metabolismo e desempenho cerebral.

VINPOCETINA

É um fitoterápico derivado da planta Vinca minor que em vários países, como Japão e Alemanha, é usado como remédio para tratamento de doença cerebrovascular.

Leia mais: Será que o Alzheimer é hereditário?

Num estudo duplo cego, randomizado, com 203 pacientes com demência leve a moderada, foi administrado de 30 a 60mg de Vinpocetina ou placebo. Houve melhora significativa no grupo suplementado na performance cognitiva e redução da severidade da doença.

(Fonte: Site da Essentia Pharma)
*Traduzido e Adaptado com autorização do autor

Genaldo Vargas

Psicanalista, Palestrante, Professor Universitário, Viajante do mundo, curioso e eterno aprendiz..... É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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