De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria 17% da população brasileira já pensou, em algum momento, em tirar a própria vida.
Todo ano são registrados cerca de 10 mil suicídios no Brasil e um milhão no mundo todo.
Por causa desses números alarmantes o suicídio se tornou uma epidemia. Porém, é uma epidemia silenciosa, pois existe um tabu muito grande da sociedade em falar sobre o assunto, discutir possibilidades de evitação e mesmo de assumir que um ente querido tenha terminado com a própria vida.
Quebrando tabus
Na maior parte das vezes aquele que se suicida avisa de alguma forma, e mais de uma vez, antes de cometer o ato. Porém, há uma descrença das pessoas próximas. Geralmente acreditam que a pessoa está querendo apenas chamar a atenção, ou que “quem quer se matar de verdade não avisa, simplesmente se mata.” Pensamentos completamente enganados!
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A ideia de acabar com a própria vida não é corriqueira e não podemos considerar que seja algo natural em algum momento da vida. Por isso, quando alguém chega a verbalizar a vontade de se matar, é importante que familiares e pessoas próximas fiquem atentos ao invés de desdenhar e deixar o assunto de lado.
Além da descrença e do preconceito sobre o assunto, há também um real despreparo da sociedade com o problema.
O que fazer?
O que fazer quando uma pessoa querida cogita a ideia de acabar com a própria vida? Buscar ajuda profissional e nunca duvidar!
Os profissionais capacitados para lidar com essa situação são o psicólogo e um médico psiquiatra.
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Juntamente com essa rede profissional é imprescindível que haja um apoio familiar que suporte esse momento de angústia tão forte.
Aspectos psicológicos
A grande maioria daqueles que já pensaram alguma vez em tirar a própria vida apresenta algum tipo de adoecimento mental que o leva a acreditar que essa seja a melhor solução para acabar com o sofrimento gerado e por todo estigma que isso carrega. As doenças mentais mais comuns são depressão, bipolaridade e esquizofrenia.
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Existem também outras circunstâncias da vida em que a possibilidade de ideação suicida é maior, como: pessoas enlutadas (principalmente em idosos), abuso de álcool e drogas, pessoas que sofreram maus tratos ou abuso sexual na infância e o desamparo.
São situações em que a angústia e o desespero são tão intensos que a pessoa não suporta sentir.
Geralmente o processo de angústia e desespero vai crescendo aos poucos. A pessoa começa a se isolar, a evitar situações que antes eram prazerosas e pode até começar a ter dificuldades na realização das tarefas diárias como ir trabalhar, por exemplo.
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Nesse movimento, não se consegue perceber racionalmente o motivo de tamanho desespero, pois “tenho tudo que alguém gostaria de ter” e, com isso, a vergonha e a culpa de estar se sentindo mal apesar “de estar tudo bem perante os olhos dos outros” faz com que ela se feche e se isole ainda mais.
A pessoa sente muita vergonha de conversar e de pedir ajuda, dessa forma, os sintomas tendem a piorar.
Viver
Existem sim outras saídas! O apoio e o afeto das pessoas próximas são fundamentais.
A psicoterapia se torna um espaço fundamental em que essa pessoa pode trabalhar os seus fantasmas e os medos mais profundos e perceber que existem outras formas de viver apesar daquilo que lhe aconteceu. A medicação, receitada por médico psiquiatra, também se torna um aliado imprescindível para permitir que a angústia e a ansiedade diminuam um pouco e, no caso das doenças mentais, que seja realizado o tratamento devido.
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A vida é complexa e repleta de altos e baixos. Mas, precisa ser vivida da forma mais leve possível. Mesmo quando desacreditamos ou algo nos parece maior que as nossas forças são capazes de suportar, sempre há uma saída! Acredite e não tenha vergonha! Peça ajuda para conseguir transformar as dificuldades em algo menos doloroso e mais suave.
Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de que você não está sozinho nessa jornada.
(Autora: Viviane Lajter Segal )
(Fonte: acaminhodamudanca.wordpress.com)
* Texto publicado com a autorização da administração do site
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