Pratique o desapego

Constantemente vemos dicas de como se desapegar de roupas, sapatos, bolsas e coisas, mas eu gosto mesmo é da ideia de praticar o desapego emocional.

As vezes relacionamos o sentimento de desapego como algo estranho ou insensível. Desapego não é frieza, indiferença ou egoísmo, ao contrário, é uma habilidade preciosa que precisamos aprender para evoluir e conviver em paz conosco e com o mundo.

Praticar desapego não é abrir mão do que é importante e sim saber “amar e se envolver com as pessoas de forma equilibrada” se libertando do excesso, não aprisionando e nem se deixando ser aprisionado por alguém.

Você sabe que o outro não vai viver a sua vida ou respirar em seu lugar né? Ninguém pode carregar os seus sentimentos negativos ou sofrer por você. Então, tome logo a consciência de sua exclusiva responsabilidade sobre o seu estado emocional, saia do vitimismo e pare de achar que são os outros que te causam infelicidade e sofrimento.

Loucura é ficar pensando que a felicidade está em parceiro, bens materiais ou em reconhecimento social. Se você depende da opinião dos outros para se sentir satisfeito e realizado, tá ferrado!

As pessoas não conseguem resolver nem seus próprios dilemas, então como será que elas vão te ajudar a resolver sua vida? Desapega dessa ideia! Seja maduro e consciente de suas escolhas e das consequências que elas trazem, é só disso que depende a sua felicidade.

Outra estratégia de desapego é parar de viver do passado, nada permanece igual, tudo se transforma, tudo muda, as pessoas enjoam e trocam de opinião constantemente, então libere o seu caminho desses “personagens do passado” e deixe a vida fluir naturalmente. Aceite o seu passado (bom ou ruim) e deixe-o lá no passado, só assim se sentirá livre para continuar.

Aprenda a ser livre e faça um esforço para libertar as pessoas que você ama, mas continue a gerar vínculos, isso faz parte da sua evolução pessoal. No entanto, entenda que você não pode aprisionar os sentimentos das pessoas, isso não te garantirá a segurança do amor do outro. Aceite que as perdas fazem parte da vida, pessoas e bens vão embora, crianças nascem, idosos morrem, amigos somem, amores se perdem…

Isso faz parte do ciclo da vida e aprender que isso é normal nos faz aceitar a vida com mais serenidade e coragem. Só não se desapegue do seu amor próprio porque aí nada mais valerá a pena.