Aos que observam mais e se ajeitam. Que não gostam de holofotes, que não precisam de superexposição.
Pertenço ao mundo das pessoas que não precisam prejudicar ninguém pra conseguir algo na vida.
Ao mundo dos que sabem que a vida dá muitas voltas, que ter Deus no coração não implica em implicar com qualquer outro tipo de crença. Tenho minha fé naquilo que acredito e busco.
Eu sei o que preciso, sei o tamanho da minha bagagem, sei que hoje em dia o romantismo anda raro e pessoas realmente dispostas a amar estão em extinção.
Pertenço ao mundo dos que não dão o troco e sabem da justiça divina.
Não sou de ninguém. Sou temporária sou filha do tempo.
Já reconfigurei muitas coisas. Apaguei outras.
Se me condenam ou me culpam, deixe que a vida me sentencie.
Prefiro as mãos e a alma limpa. Prefiro a consciência tranquila.
Pertenço àquilo que sei que é emprestado por Ele.
Tenho um caminho, um passaporte cheio de viagens internas e muito de mim pra descobrir.
Pertenço ao que sou ao que doo. Andar descalça não me machuca, manter a estrutura erguida é libertação de qualquer peso excessivo.
Caminho é destino, é consequência das decisões tomadas durante o meu percurso nem sempre seguro, nem sempre salvo de gente maldosa ou de opiniões contraditórias.
Às lágrimas que muitas vezes derramei são palavras que não consegui dizer. O sorriso fora de hora denota que ainda consigo sobreviver e tocar à vida pra frente.
Pertenço aos sonhos, aos devaneios, aos momentos de loucura a que me deixei entregue sem pensar no depois.
O perdão que recebo me purifica, a ansiedade que possuo precisa ser cuidada pra que não vire dependência aparente.
Pertenço ao hoje, ao agora, ao que sinto nesse exato instante.
E nesse instante sinto que é preciso não exigir nada e aceitar o que tenho recebido.
Lutar por mais é como pedir menos. É crescer internamente alcançando um degrau a mais na escala da gratidão.
Meus respiros de luz tem sido assim…