Comportamento

Padrões não se encaixam nas mulheres lindas de verdade

São muitas as mulheres que se sentem pressionadas pelos padrões de beleza cobrados pela sociedade. Chega a ser uma exigência sufocante, muitas vezes até desumana na cabeça daquelas com a autoestima fragilizada. Tem mulher que se enxerga de uma maneira totalmente distorcida do real, por conta das inúmeras vezes que se vê fora do contexto e não encaixada naquilo que dizem ser o bonito.

Pessoas bonitas que andam com a cabeça abaixada e com o corpo escondido, sentindo-se como pedaços de jornal velho e amarrotado que ninguém mais quer ver. A autoimagem é a essência que faz uma personalidade forte ou fraca. Não adiantam enfeites. Não adianta elogio de ninguém.

A autoestima fragilizada derruba o ego, apesar de toda opinião sincera lhe dizendo o contrário. Mas na grande maioria das ocasiões esse “não se achar bonita” não condiz com a realidade externa e, sim, com uma ilusão que a pessoa carrega dentro de si, de que não é linda. Existem pessoas que tem repulsa, desprezo e indignação pela própria imagem. São reflexos quebrados em espelhos desprovidos de vaidades. Espelhos esses que são cofres de mentiras que elas contam para si mesmas. Acreditam ser telas de pintura vazias.

São pessoas enfraquecidas, que carregam imagens distorcidas de si mesmas e que por razões diversas ainda não conseguiram encontrar a beleza existente em suas próprias formas. Algumas razões são estéticas, outras emocionais ou até mesmo psicológicas. Não se aceitar como é, é um problema do comportamento humano que não pode ser alimentado. É algo que merece atenção, pois pode destruir vidas ou relacionamentos. É preciso que se reconstrua a imagem real no espelho. É preciso que se reconstrua a imagem verdadeira na alma e no coração. É preciso aceitar-se mais, é preciso estar feliz consigo e rejeitar esses estereótipos padronizados que circulam na internet e na televisão.

São pessoas tão lindas, tão especiais, tão formosas em suas diversas qualidades que nem se entende porque elas pensam desta forma. A beleza está nos olhos de quem vê. Está nos olhos de quem enxerga. A beleza está nos próprios olhos. Dentro da alma e pulsando no coração. É preciso que encare o que não consegue encarar. É preciso ter a coragem e a ousadia de se encontrar em alguém totalmente original.

A baixa autoestima é uma fraqueza que precisa ser transformada em força. Seus próprios pensamentos é que te deixam pra baixo. Olha pra você, carregue a verdade escondida no coração e deixe a realidade lá fora, pra quem quiser ver. Esquece esses exemplos impostos por uma sociedade doentia e faminta por marketing e lucro. Na hora certa você descobre que a aparência é o que menos importa. Se você acha o nascer do sol no horizonte bonito, espere até ver o sol nascer dentro do seu coração. Nunca deixe de procurar o amor-próprio bem dentro dos seus olhos, sem imaginar ilusões. Você deve primeiro se amar, incondicionalmente.

A essência do que somos e do que buscamos deve estar lá, encravada na alma, atemporal. Tempo nenhum é capaz de deixar marcas que a diminuam. A beleza real com o tempo só aumenta. Não navegue perdidamente na imaginação, viaje na realidade. Harmonize-se com suas verdades. Uma das maiores dores que alguém pode sentir é se olhar no espelho e não se reconhecer. É se procurar no espelho e ver uma imagem que não aceita. É não se reconhecer dentro de seu próprio ser.

Pare de tentar impor o padrão cobrado. Pare de querer viver se comparando com outras. Não tem biótipo certo, não tem padrão errado. Tem quem se valoriza e não se intimida com rótulos. Tem quem se desgarra das amarras e se vê bela. Tem MULHER que se aceita! E mulher nenhuma pode se achar pior que qualquer outra. Todas são únicas. Todas são lindas. Todas são perfeitas. Não se deixem levar pela padronização que a sociedade atribuem a vocês, valorizem-se de verdade! Descubram-se! Tire essa cortina que te esconde e põe essa beleza toda pra desfilar! Você pode!

Imagem: Rodolfo Sanches Carvalho

Cleonio Dourado

Escrever é uma fuga que sempre uso. Não tenho temas. Não tenho destinos. Alguns devaneios e desatinos, quem sabe. Solto as palavras ao vento. Viajo ao vê-las viajando pelo ar. Recolho as que voltam nos relentos das manhãs e me lavo em seus afagos. Eu me aguo, renasço. Palavras me acariciam a alma, despertam-me sentimentos, paz, calma. Leio, releio, rascunho e escrevo. Faço dos textos da minha lida, as estrelinhas da minha vida. Sou colunista do site Fãs da Psicanálise.

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