Comportamento

O raso me dá preguiça, o intenso, me fascina!

Dia desses, estava em uma rodinha de bate papo. Ali, os papos variavam, entretanto, não pude deixar de prestar atenção em um comentário que ouvi de uma das pessoas que estavam presentes. Ela disse que nós mulheres nunca podemos deixar claro demais quando estamos gostamos de alguém.

Mesmo discordando, ouvi o comentário, e fiquei na minha. Até por que, mesmo não concordando com algo, temos que respeitar a opinião alheia.

Vai ver, sou transparente demais com meus sentimentos e com as pessoas que os despertaram. Não sei viver as coisas de uma forma rasa, e quando sinto, sinto intensamente. Comigo não existe meio gostar, meio amar, se gosto, gosto mesmo. Se amo, ahhh se amo, a pessoa saberá a qualquer custo, mesmo que seja através de pequenos gestos. O raso me dá preguiça, agora o intenso, me fascina.

Sou a favor de demonstração de afeto, contudo, deve haver reciprocidade de ambas as partes. Não adianta só um lado demonstrar que se importa. Isso seria falta de amor próprio. O amor deve partir de nós mesmos. Quando aprendermos a nos amar por inteiro, não amaremos alguém pela metade.

Cada um sabe do caminho que percorreu até chegar onde está, porém, cada relacionamento se faz único. Mesmo que o último tenha deixado seu coração em pedaços, saiba que os cacos um dia se juntarão, e você será capaz de amar novamente.

É difícil confiar em alguém após alguns dissabores, no entanto, devemos respeitar nosso tempo. Se sentimos a necessidade de guardar nossos sentimentos, guardamos até o momento que tenhamos confiança em demonstrá-los. Quando sentir confiança novamente, o carinho sairá naturalmente. E em hipótese alguma, jamais deixe de acreditar que pode ser amado (a) genuinamente.

Um dia você perceberá que cada tropeço, foi uma experiência.

Larissa Dias

Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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