Como evitar a solidão quando as próprias autoridades determinam o “isolamento social” para enfrentar a pandemia do coronavírus? O psicólogo Wagner Machado considera melhor falar “distanciamento social”, pois neste momento é essencial manter o contato com outras pessoas. Diferentes canais são válidos, desde videochamadas até aplicativos para conectar estranhos. Mesmo assim, algumas pessoas estarão mais suscetíveis à solidão, seja pela predisposição ou por morarem sozinhas e se verem com tempo demais e atividades de menos.
– Há pessoas que têm muita dependência emocional, são inseguras, e numa crise como essa entram em pânico grandioso porque se veem abandonadas – observa Machado. – Quantos alunos jovens estudam em Porto Alegre e estão longe da família, no Interior? Um idoso que não sabe mexer no celular vai precisar buscar contato com o vizinho de janela. Preencher o tempo é extremamente recomendado, envolver-se em uma atividade nova, cozinhar, cuidar do jardim. Tudo isso promove o bem-estar e ajuda a desconectar das informações negativas e renovar as energias.
O psicólogo também avisa que é importante entender que não é possível lidar sozinho com tudo. É preciso isentar-se de culpas, aceitar apoio e também oferecer apoio a outras pessoas.
Por outro lado, o distanciamento social pode gerar companhias até demais para quem, de repente, se vê forçado a dividir o espaço limitado da casa com toda a família. Nesse caso, Machado recomenda o diálogo:
– Sentar, negociar e conversar. A conversa tem que envolver filhos, avós e a revisão dos papéis nessa nova configuração. O que é combinado em conjunto tem maior chance de sucesso. Tem sempre gente que tenta combinar por todos, e quem se exime de decidir depois se exime de fazer também.
No momento da negociação, todos vão ter de ceder um pouco e dividir as responsabilidades. Uma dica é definir em cada dia da semana o que cada um vai fazer e quando, como quem vai ao supermercado e quem vai cuidar das crianças.
– Se num mundo sem pandemias o homem se envolvia pouco nas atividades domésticas, não dá mais para pensar que a mulher vai dar conta de tudo – reforça Machado.
O planejamento é ainda mais importante para quem precisa trabalhar em casa, em meio às distrações que isso pode acarretar. Na falta de um escritório, até um canto da mesa de jantar pode servir. Professora de Liderança e Inteligência Emocional da ESPM-Rio, Lilian Cidreira explica como:
– Aquele pedaço da mesa de jantar tem que ser o seu (único) local de trabalho. Isso ajuda o cérebro a entender que fora dali, em intervalos ou no final de semana, você está descansando, o que é fundamental, e ali, vira mais rápido a chave de produtividade. Nosso cérebro trabalha bem com rotina, horário, local. O ser humano diz que não gosta de rotina, mas nos tirem da rotina e vamos ficar tristes.
Delimitar o local e os horários de trabalho também serve para avisar ao resto da família onde e quando você estará indisponível para outros assuntos.
(Fonte: gauchazh)
(Imagem: Rafael Jacinto)
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