Toda família tem suas diferenças e suas discussões. Cada membro tem uma personalidade diferente e enfrenta uma necessidade de ser aceito e aceitar os demais. Porém, muitas vezes acontece de o pai ou a mãe encontram uma maior dificuldade em lidar com um dos filhos em especial e muitas vezes não sabem identificar o real motivo dessa dificuldade.
Porém, um estudo realizado por psicólogos espanhóis afirma que este incômodo em particular ligado a um filho específico tem a ver somente com o próprio pai ou a própria mãe e não com a personalidade da criança em si. Acontece que os pais não conseguem aceitar o filho, seu jeito, sua personalidade, suas atitudes, simplesmente porque se enxergam neles.
Segundo a psicologia, a chamada “projeção” ocorre quando um indivíduo percebe que outro apresenta as mesmas emoções e atitudes que ele, porém são emoções e atitudes que não são toleráveis para si mesmo. Ou seja, de certa forma, se percebe que o que mais o desagrada em si mesmo é encontrado no outro. Quando isso acontece, precisar lidar e aceitar esta situação acabaria trazendo níveis de desconforto, gerando atritos emocionais pessoais, causando estresse e ansiedade.
Precisar lidar com aquilo que nos desagrada e nos incomoda nunca é uma tarefa fácil. Para isso, é necessário que o indivíduo saia da sua zona de conforto e assim evolua de forma gradativa. Portanto, quando alguém se depara nesta situação de “projeção” em relação a um filho, é muito mais fácil acabar distorcendo a responsabilidade de mudar para o outro, transferindo os sentimentos de frustração e fracasso.
A psicologia explica que os filhos sempre irão imitar as atitudes dos pais. Durante a infância as crianças observam como os pais lidam diante de diferentes situações. Já na adolescência, que é a fase em que a personalidade do indivíduo começa a se definir, os jovens começam a adotar de fato, para as suas vidas, o comportamento dos pais, indo desde a forma de falar até a forma de agir. Cada detalhe é captado e entendido como exemplo (seja ele negativo ou positivo). Inclusive, o próprio estado emocional dos pais deverá ser refletido e agregado no desenvolvimento psicológico do adolescente.
Devemos entender que olhar para o passado e não se sentir satisfeito é totalmente normal. Por mais que queiramos voltar no tempo e mudar muita coisa, nada irá conseguir apagar nossa história e tudo o que passamos. Portanto, é necessário superar aquilo que precisar ser superado e entender que não há como mostrar o melhor caminho a um filho sem amor e paciência. Não se pode colocar o peso das suas dificuldades nas costas do seu filho.
Portanto, o melhor a se fazer é, primeiramente, procurar resolver os próprios conflitos e “mandar embora os próprios fantasmas”. Como dito anteriormente, aceitar o passado e buscar evolução é fundamental. Além disso, busque entender o seu filho e perceba que muitas vezes ele está agindo da forma que você agiria. Conversar de forma tranquila e com um tom de voz sereno é fundamental. Ninguém ganha confiança no grito e muito menos se ganha respeito quando se fere.
(Fonte: educadoreslive)
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