Amor

O AMOR É LEVE, O QUE PESA É A AUSÊNCIA DELE

O amor tem seus níveis, do mais fraco ao mais doentio. Do que cura ao que adoece. Do que dá vida ao que a tira.

Antes me questionava muito sobre as diversas formas de amor espalhadas pelo mundo, e falo da diversidade afetiva, de comportamentos agressivos romantizados.

Hoje apenas observo, na esperança de que viver um amor rude seja uma escolha do amante e não uma falta de opção.

Amores não devem ser caracterizados como uma guerra de demonstração de poder na relação. Um romance violento é baseado na paixão, e paixão acaba tão rápido quanto começa, tão trágico quanto o imaginável.

Amantes escrevem parte de sua história protagonizando o outro, e isso causa dependência. Somos completos desde que nascemos, a metade da sua laranja é uma idealização psicológica e capitalista.

Amar é um verbo para ser conjugado de forma leve e natural, caso contrário, não é amor.

Leia mais: O amor gosta da paz

Vemos na mídia espelhos de casais infelizes, vivendo de aparência por fotos alegres em lugares bonitos, mas amar vai além do congelamento da memória.

Banalizaram a agressão verbal, a traição, a insegurança, a ausência de amor próprio, a dependência afetiva, a necessidade de companhia e caracterizaram solidão como fracasso. Essa banalização é uma visão claramente distorcida da felicidade. Claramente para mim.

Eu sinto muito que o mundo distorça a realidade para favorecer o mercado, infelizmente giramos em torno disso. Mas felizmente somos racionais e podemos escolher se queremos permanecer nesse ciclo onde somos descartáveis.

Leia mais: O perigo de aceitar como normal aquilo que nos causa sofrimento

Gritos não constituem relacionamentos saudáveis. Tapas não são demonstrações de afeto. Choros sufocados são resultados de uma relação infeliz e sobrecarregada, onde um depende e o outro usa.

Brigas frequentes não são normais. Traição não é deslize, é desvio de caráter. Perdoar não significa conviver. Amar é suportar a realidade de que contos de fadas ficaram para a Disney.

Já ficou batida e repetitiva essa teoria do amor próprio, mas continuará enquanto não passar para a prática.

Leia mais: Aprendi a dizer "eu me amo" antes de dizer "eu te amo"

Apesar de toda a encenação sobre amores violentos no teatro, sabemos que o fim não precisa ser como o de Romeu e Julieta. Antes do sentimento, a razão, para que possamos desfrutar dos amores sem depender, nos submeter ou morrer.

O amor é leve, o que pesa é a ausência dele.

Bárbara Alessandra Barbero

Colunista do site Fãs da Psicanálise

Share
Published by
Bárbara Alessandra Barbero

Recent Posts

Precisa de uma sala de jogos e está com orçamento limitado? Aqui estão 9 ideias para criar uma experiência imersiva

Encontre uma área divertida e relaxante na sua casa para transformá-la! Aprenda como seu estilo…

2 semanas ago

O que você precisa saber sobre jogos de cassino on-line agora mesmo

Os jogos de cassino on-line cresceram muito nos últimos anos, e não é de se…

1 mês ago

Realidade virtual e aumentada: o futuro da imersão de iGaming

Nos últimos anos, a indústria de iGaming (jogos de apostas online) passou por transformações significativas,…

2 meses ago

A compulsão por jogos sob a perspectiva da epigenética e da constelação familiar

Utilizando terapias para uma nova abordagem ao problema A compulsão por jogos cresce na sociedade…

2 meses ago

As melhores estratégias para jogar em cassinos ao vivo

Agora, a indústria de jogos de azar online está crescendo, o que não é surpreendente,…

3 meses ago

Três jogos de cassino populares que tiveram seu início na televisão

Muitos dos jogos de cassino mais famosos existem há séculos, como o Blackjack e a…

4 meses ago