Quando a “doença” paixão acaba, o que sobra é o amor, se houver amor num determinado vínculo.
O grande problema é que vivemos num mundo onde predomina o narcisismo e, em geral, a maioria de nós não quer se autoconhecer e sim apaixonar-se por sua imagem idealizada.
E o autoconhecimento dói. Ele não precisa gerar sofrimento, mas ele doí. Não é fácil encararmos nossas sombras. Tendemos a projetá-las nos outros! Dizemos que pessoas são invejosas, corruptas , falsas, melindrosas, traiçoeiras, mas olhar para nossas sombras dói, fere o ego!
E não tem forma melhor de conhecermos nossas sombras do que vivenciando uma relação amorosa, na qual todas as nossas máscaras começam a se derreter.
E o medo de ficar vulnerável? E o medo de ser feito de bobo? E o medo de ser traído?
E o medo do abandono? O ego fica apavorado, porque ele sabe que o amor verdadeiro fará com que ele se dissolva.
Por isso, o amor não é para narcisistas, psicopáticos e afins e sim para aquele que tem a coragem de se despir em todos os sentidos para o outro, mesmo correndo milhares de riscos, mesmo sentindo que olhar para as próprias sombras dói e muito!
Mas só aquele que tem a ousadia de se derreter, de ficar vulnerável para que o outro conheça seu centro e você conheça o dele, é que pode de fato experenciar a sensação de morte do ego para um renascimento para a Existência. Somos UM!
Autora: Gisela Vallin
Fonte: giselavallin.com/
*Texto publicado com autorização da autora.
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