O ano começou como um baque.

Eu nem vi direito e já era 2017. Vi fogos, rojões e muitas coisas ardiam dentro de mim.

Alguns medos, algumas indagações, aqueles arrepios de não saber para onde ir e o que fazer.

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Começar o ano sem emprego é um soco no estômago. É um nocaute. É um desvio da rota, que parecia rumar para o lugar certo.

A vida passa depressa. E muita gente não vê…

Me recompus do nocaute. Perdi algumas coisas ao me levantar. Mas a luta não acabou.

Não tem vencedor e nem perdedor. Tem aprendizado. Tem esperança de correr, de fazer, de acontecer. De não deixar as coisas passarem. De agarrar oportunidades.

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De agarrar 2017, como agarrar a si mesmo, e não deixar escapar nada. Nem escapar-se.

Sem fugas. Sem medos. Apenas com a certeza de que tudo tem um para quê.

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Mônica Kikuti é cronista e colunista do site Fãs da Psicanálise.

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