Desde que comecei a ser sincera sobre minha saúde mental, notei que meus relacionamentos mudaram — a maioria para melhor.
E isso me fez pensar sobre quanto tempo eu gastei sendo uma amiga ruim enquanto não estava apta a lidar com isso tudo (depressão, ansiedade, ataques de pânico e pensamentos obsessivos).
Eu quero pedir desculpas.
Me desculpe por todas as vezes que não respondi suas mensagens. Pensava demais em uma resposta e acabava achando que ignorá-la faria você me odiar menos do que demorar horas para responder.
Me desculpe por ter recusado suas ligações. Estava sim com medo de revelar que você me acordou, pois ainda estou deitada às 15h de um domingo.
Me desculpe por ter desistido de planos no último minuto. Me preparava cedo demais para eles, até que minha ansiedade surgia para me lembrar de todos os perigos fora de minha casa.
Me desculpe por mentir, por ocultar as coisas, por fingir que tive uma intoxicação alimentar ou qualquer outro compromisso.
Algumas outras coisas das quais eu não sinto orgulho:
Todas as vezes que me afastei de você por não querer que você percebesse que eu não estava sendo eu mesma.
As vezes em que sentia raiva sem razão alguma me fizeram perceber que era mais fácil cortá-la da minha vida ao invés de deixá-la entrar.
Todas as vezes em que eu não estava prestando atenção 100% em nossas conversas.
Eu não prestava atenção porque estava muito ocupado pensando na péssima amiga que eu era e perdia tempo obcecada em coisas ruins.
Todas as vezes que me deixei à deriva, por sentir que não poderia acompanhar o resto de vocês.
Sentia-me envergonhada.
Envergonhada porque as coisas mais simples de repente se tornaram impossíveis.
Meu cérebro não era mais um lugar seguro para se estar. Eu tinha medo de apertar interruptores, de abrir portas ou de passos atrás de mim.
Me desculpe por duvidar que você entenderia.
Me desculpe pelo fato de meu cérebro dizer que não poderia confiar em você, ou que te contar o que estava acontecendo seria um erro.
Essa é a questão da depressão — ela se torna seu maior segredo e também sua amiga mais próxima, empurrando todos os outros para longe.
A depressão esconde a pessoa que os outros conhecem e amam. Ela o torna irritável, recluso, desinteressado em todas as coisas que antes era excitantes.
Ela te diz que você não merece seus amigos e entes queridos, faz você acreditar que, se dissesse a todos seus pensamentos, eles ficariam horrorizados.
É por isso que se abrir e ser realmente honesta — o que faz parte das características de uma boa amiga — é tão assustador.
Você tem medo de que eles o rejeitem. Contar a alguém seu maior segredo dará a eles poderes: de machucá-la ou de ajudá-la a melhorar.
Para evitar isso, eu me afastei das pessoas.
Me tornei uma boa atora. Eu dizia que estava tudo bem, que algo surgiu quando você me convidava para passar algum tempo juntas.
Me mantinha firme em manter apenas assunto “seguros” com você, para evitar que as coisas escapassem.
Eu não era uma boa amiga porque não estava sendo eu mesma. Eu não estava deixando as pessoas entrarem em minha vida.
Me desculpe por isso. Várias amizades foram destruídas por isso.
Perdi anos de conversas com minha mãe, da qual mantive distância para que ela não descobrisse o que se passava em minha cabeça.
Estou trabalhando nisso agora.
Estou aprendendo que as pessoas que me importam também se importam comigo. Eles não vão me odiar apenas porque estou triste ou me julgar por ter medo.
Elas simplesmente se preocupam se eu estou bem.
Estou aprendendo a confiar nas pessoas.
Estou trabalhando em ouvir as pessoas que eu amo ao invés das vozes negativas em minha cabeça, que dizem que todos me odeiam e que eu sou um lixo.
Está tudo bem precisar de uma pequena ajuda das pessoas da minha vida para superar momentos difíceis.
As pessoas que quero em minha vida não são as que me abandonarão quando as coisas ficarem difíceis.
Elas são as pessoas que estão lá para ouvir quando eu precisar e, quem sabe, se abrir para mim também.
São eles que me ajudam a manter a sanidade todos os dias — mais do que imaginam.
E agora que eu terminei com as desculpas — embora tenha certeza de que ainda haverá alguma mensagem sem resposta ou planos abandonados — eu gostaria de agradecer.
Obrigada às pessoas que ficaram ao meu lado, mesmo quando não fui a melhor amiga.
Obrigada por me ouvirem.
Obrigada por cuidarem de mim.
Obrigada por serem quem são.
(Autor(a): Ellen Scott)
(Fonte Original: metro.co.uk)
*Texto traduzido e adaptado pela equipe Fãs da Psicanálise.
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