Algumas teorias sugerem que haja um tempo “aceitável” para que uma pessoa viva o luto e que após este período seria necessário buscar ajuda psicológica pois havia a possibilidade de ocorrer depressão ou outros transtornos. Entretanto, o que os profissionais de saúde mental tem começado a levar em consideração é que este tempo é relativo e pode variar muito de uma pessoa para outra e isso depende de vários fatores.
É preciso, antes de tudo, compreender que é perfeitamente normal que uma pessoa fique triste com a perda de um ente querido e que é necessário viver esta fase de luto e não querer remediá-la a qualquer custo, ignorando a importância desta elaboração. A tristeza também é necessária em nossa vida e não deve ser ignorada. Há uma confusão que geralmente ocorre quando convivemos com uma pessoa em fase de luto: normalmente associamos esse processo com a depressão. A psicóloga Elaine Gomes dos Reis Alves, especialista em Luto, em uma entrevista ao portal “Vamos falar sobre o luto”, reforça: ‘As pessoas dizem sem cerimônia que uma pessoa perdeu o filho ou o marido e “ficou em depressão”. Ela pode estar muito triste, mas depressão é outra história.’
E, de fato, precisamos entender que há diferença entre “luto” e “depressão”. A depressão é um quadro patológico, crônico. É uma tristeza profunda que ocorre mesmo sem motivo aparente ou que possa ser explicado. Além disso, a depressão é uma doença incapacitante, ou seja, o indivíduo perde o prazer em atividades que antes gostava e não consegue mais desempenhar as funções que sempre fizeram parte de seu cotidiano (Leia mais sobre Depressão neste link).
O Luto não é uma doença, mas um processo de elaboração que pode até mesmo durar anos, pois essa vivência, como já dito, pode variar de pessoa para pessoa.
Como ajudar alguém a passar pelo Luto de forma menos dolorosa?
Apesar de ser uma fase necessária de ser vivida, é possível que os familiares e outras pessoas próximas ajudem o enlutado a passar melhor por este momento. Novamente cito as palavras da psicóloga Elaine Gomes dos Reis Alves: ‘Como as pessoas não sabem o que dizer sobre a morte, acreditam que se não falarem, vão evitar que o enlutado sofra. As pessoas sempre querem falar, a dificuldade está em serem ouvidas. E falar é o que vai ajudá-las a elaborar e a sair do luto mais rápido. Toda a pessoa enlutada precisa falar de quem morreu. Logo que a pessoa morre, o enlutado conta várias vezes a mesma história, geralmente do último dia em que estiveram juntos até o momento em que recebeu a notícia da morte. Quantas vezes você a encontrar, ela vai contar essa história. Esse é o primeiro fator de afastamento dos amigos. Eles pensam: eu vou lá e ele vai repetir isso. Ou vão dizer a ele ou a ela que já contaram isso. Mas é exatamente esse contar, repetidas, inúmeras vezes, que as leva à compreensão. É um recurso muito positivo, muito saudável. O judeus fazem isso: dentro dos rituais de luto da religião judaica a pessoa enlutada nunca fica sozinha, tem sempre alguém do lado dela em silêncio, justamente para ouvir a sua dor. É importante pensar em como não aguentamos ouvir a dor do outro e como não nos preparamos ou preparamos nossos filhos para essa atitude diante do sofrimento alheio.’
Quando é a hora de buscar ajuda profissional?
Pode ser complicado para a pessoa que vive o luto e mesmo para os que estão próximos a ela entenderem a partir de que momento é necessário buscar apoio psicológico. Isso porque, diferente do consenso de antigamente, não podemos estabelecer um tempo “saudável” para que a perda seja elaborada e o luto termine. O que precisamos observar é a intensidade e os efeitos que aquele luto geram na vida da pessoa. O momento de se preocupar é quando o luto coloca a vida ou a saúde da pessoa em risco, ou seja, quando há indícios do desenvolvimento de doenças, transtornos, quando há ideação suicida.
Por isso é importante que a pessoa receba apoio e atenção dos mais próximos, mesmo quando isso parece também uma tarefa difícil para estes.
Mas é claro que buscar uma orientação psicológica sobre como lidar com este momento difícil é válida a qualquer momento, tanto para o enlutado, quanto para quem o apoia.
(Autora: Ane Caroline Janiro, psicóloga clínica)
(Fonte: psicologiaacessivel.net )
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