A gente se desespera por cada besteira, né?
Uma nota baixa, uma prova difícil, um trabalho que deu errado, uma entrevista sem resposta, um amor não correspondido, uma ligação não atendida… Tudo é motivo pra drama.
A gente se estressa, sofre, chora e se descabela por coisa que no final das contas nem é tão importante assim.
Lembra daquelas noites não dormidas na época do colégio que você passou se remoendo imaginando que seus pais te matariam pela nota vermelha no boletim, ou pela recuperação, ou por ter repetido de ano? Você pode até ter ficado de castigo. Pode ter levado uma bronca daquelas. Pode até ter levado umas chineladas. Mas foi tão ruim quanto você imaginou?
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Não, né? Seus pais não te mataram. Não foi o fim do mundo. E hoje em dia, anos depois, não faz mais diferença nenhuma na sua vida.
Não era tão importante assim e hoje em dia você e seus pais até riem contando isso durante o almoço em família.
Lembra daquele carinha que anos atrás desapareceu da sua vida e você achou que nunca mais seria feliz?
Você pode ter sofrido por alguns dias, algumas semanas, alguns meses, mas depois que resolveu deixar de sentir pena de si mesma e seguiu com a sua vida, você foi feliz de novo. Você encontrou milhares de outros carinhas muito melhores do que ele. Você percebeu que ele não era nada do que você havia idealizado. Você se deu conta de que ele na verdade era um grande babaca.
Agora, depois de tanto tempo passado, eu te pergunto: Qual era mesmo o nome dele? Ele não era tão importante assim. Esse relacionamento não era tão importante assim.
E o que realmente era importante ficou: você mesma.
Lembra daquele emprego que você se dedicou tanto, era sempre pontual e nunca se atrasou, mas que mesmo assim no primeiro corte foi mandada embora?
Você achou que nunca mais conseguiria outra oportunidade tão boa quanto, não é? Achou que passaria fome. Achou que a sua carreira estava arruinada. Pouco tempo depois você conseguiu outro emprego, não foi? Ainda melhor, mais perto de casa, com horário mais flexível e ganhando mais.
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Oportunidade essa que nunca teria surgido se você não tivesse saído de onde estava. O emprego não era tão importante assim. A sua saúde mental, qualidade de vida e futuro, sim.
Na maioria das vezes em que chegamos ao fundo do poço, nos deparamos com um trampolim que nos impulsiona de volta para a superfície. Ainda mais forte, ainda mais longe, ainda com mais vontade.
Nada é tão ruim quanto parece. Tudo é solucionável, contornável e aceitável. A gente tá sempre achando que é o fim, quando na verdade é só um recomeço.
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O tempo passa. Se existe uma verdade, a qual podemos nos agarrar cegamente, com certeza é essa. O tempo passa e nós passamos com ele.
Nossos problemas passam. Nossas preocupações passam. Nossas tristezas passam. Não há força mais forte do que a do tempo.
Um belo dia você acorda e aquilo que jurou que te mataria, já não mata mais. Então na próxima vez em que você jurar que um problema não tem solução, e perder noites de sono, e achar que não sobreviverá, lembre-se: isso também não é tão importante.
(Autora: Marina Barbieri)
(Fonte: deuruim.net)
* Texto publicado com a autorização da administração do site
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