Quem nunca sentiu aquele nó na garganta no momento de tomar uma decisão importante como mudar de carreira, de cidade ou de país? Ou momentos antes de falar em público? E frio na barriga ao encontrar uma pessoa especial? Ou antes de prestar um exame decisivo? São inúmeros os momentos na vida em que é comum ficarmos ansiosos.
A ansiedade pode ser entendida como um sentimento ou uma sensação do nosso corpo perante a um perigo, seja ele real ou imaginário. Coloca-nos em alerta para reagir, ou mesmo fugir, de uma ameaça. Por esse motivo, é uma reação natural e esperada nas pessoas.
Possui um importante papel em nossas vidas, uma vez que, por nos deixar alerta, nos impulsiona a agir, tomar atitudes frente desafios ou dificuldades. Também nos motiva a produzir e a buscar aquilo que desejamos. Por isso, certo nível de ansiedade, é desejável e saudável!
Sintomas
A ansiedade pode surgir de inúmeras formas e em diversas intensidades, por isso, os sintomas variam muito. É possível que gere uma inquietação, sensação de nervosismo ou agitação. Há também questões psicossomáticas, que são sintomas que se apresentam no nosso corpo e, por isso, facilmente são confundidas com outras patologias médicas. Alguns exemplos muito comuns são: taquicardia (podendo “aparentar” um infarto), diarréia, náuseas e vômitos, tensão muscular, insônia, dor de cabeça, dor no estômago (“simulando” uma úlcera), sudorese, falta de ar, irritabilidade, dificuldade para falar (apresentando gagueira).
Existem situações em que a ansiedade é mais intensa e, assim, ao invés de agir como um estímulo para as tomadas de decisão da vida, age paralisando, ou mesmo atrapalhando, o ansioso na resolução de um problema. Ou seja, aquilo que poderia ser utilizado a nosso favor, se torna um grande empecilho.
Técnicas para reduzir a ansiedade
Existem diversas técnicas que auxiliam, no dia a dia, na redução da ansiedade intensa, que variam entre o controle da própria respiração, técnicas de relaxamento, meditação, yoga, atividades físicas aeróbicas. São atividades que buscam relaxar o corpo e a mente. Às vezes o som de uma música ou conversar com uma pessoa especial pode ser uma boa válvula de escape.
Porém, há situações em que tais técnicas mostram-se insuficientes. Dependendo do grau de prejuízo que a ansiedade gera na vida de cada um, é aconselhável que se tenha o acompanhamento de um profissional especializado. A ansiedade muito excessiva pode estar relacionada com alguns transtornos como transtorno de ansiedade generalizada (TAG), síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), fobias e transtorno do estress pós traumático (TEPT).
Nesses casos, é importante que a pessoa faça um tratamento psicoterápico que visa o autoconhecimento e a melhor compreensão dessa ansiedade, inclusive das suas causas. Com isso, a ansiedade tende a se equilibrar, sendo mais bem tolerada e entendida pelo ansioso. O uso medicamentoso pode ser indicado e, para tal, deve-se procurar o auxílio de um médico psiquiatra.
A ansiedade está presente rotineiramente em nossas vidas e é um grande estímulo e motivação frente aos desafios. Não é possível e nem preciso erradicá-la completamente. O importante é aprender a lidar com ela, de forma que se torne menos prejudicial e impactante no nosso dia a dia. Para isso, precisamos nos conhecer melhor, a fim de podermos atuar na mudança.
Compreender o que nos deixa ansioso é um grande passo nesse processo, além de descobrir quais são as formas capazes de relaxar verdadeiramente o nosso corpo e a nossa mente!
Autora: Viviane Lajter Segal, psicóloga clínica
Fonte: acaminhodamudanca.wordpress.com
*Texto reproduzido com autorização da administração do site parceiro