Andam falando tão mal do glúten que fomos investigar o fundamento científico da coisa. Afinal quem não gosta de uma pizza, massas, pão, doces, etc. onde se encontra essa proteína do trigo?
Dentre vários estudos pesquisados, diversos testes e ensaios comprovaram a maneira que o glúten pode alterar tanto o sistema imunológico quanto o neurológico.
Você já ouviu falar que o glúten provoca ansiedade e depressão e, se retirado da dieta, pode fazer com que o bem-estar volte ao normal?
É um conceito novo. Afinal, por que um alimento não processado ou um nutriente faria mal ao sistema neurológico?
Os processos inflamatórios são a base de muitos problemas cerebrais e podem ser iniciados quando o sistema imunológico reage a uma substância no corpo do indivíduo – no caso, a proteína do trigo, o glúten. A sensibilidade à substância é causada por níveis elevados de anticorpos contra a gliadina – uma das frações protéicas do glúten.
A resposta imunológica estimula a liberação de citocinas inflamatórias em uma quantidade tão grande (e por tantas vezes ao longo da vida) que alcançam o cérebro e danificam os tecidos. Outro problema é que os anti-corpos podem se ligar a proteínas muito parecidas com a gliadina no cérebro e, obviamente, atacá-las.
E mais uma vez o sistema imunológico é acionado, pois entende que estão “atacando” novamente o tecido cerebral. E quais são as doenças neurológicas em que mais se encontram essas citocinas?
Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e autismo.
Leia mais: Alterações inflamatórias no cérebro se manifestam cerca de vinte anos antes de aparecer o Alzheimer
Facilmente percebemos a relação da ingestão de trigo com o nosso bem-estar.
Em um primeiro instante, ao consumirmos um pão branco, a sensação que nos toma é de euforia e bem-estar.
Ao serem decompostos no estômago, os peptídeos do glúten mal digeridos atravessam a barreira do intestino (já alterada depois de anos de disbiose intestinal) e chega ao cérebro, onde agem como opióides, semelhantes à morfina, o que nos dá a sensação de “felicidade”. Esses peptídeos são chamados de “exorfinas”. Quando o efeito das exorfinas cessa, segue-se uma sensação desagradável, de “tristeza” e a busca por mais uma dose da “droga” que o cérebro necessita, gerando dependência química ao glúten.
Se o glúten está na composição de tantas coisas gostosas, então sobra uma sugestão: Se você ainda não tem nenhum processo inflamatório, tem uma vida saudável e equilibrada, coma suas coisas com glúten, moderamente, agora que você já sabe o que é essa proteína.
Se você tem, ou conhece alguém com algum tipo de inflamação, artrose, degeneração de cartilagem ou algum tipo de desordem mental, cabe uma visita a um especialista para analisar uma disfunção hormonal ou excesso de liberação dessas citocinas inflamatórias que mexem negativamente com nossa qualidade de vida.
(Fonte: Revista Essentia Pharma com autorização dos autores)
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