Você conhece uma pessoa e ela se torna chata na convivência. Isso vale para qualquer pessoa que tenha a capacidade de abusar da nossa paciência. Uma das maneiras de fazer isso é querer esgotar um assunto até o final.

O escritor e semiólogo italiano Umberto Eco tem um livro clássico, chamado Uma obra aberta.

O que ele quer dizer com o título? Que todo texto, toda literatura, toda conversa é uma obra aberta. Ela não se conclui, pois tem a possibilidade de apresentar outras janelas e outras portas.

Tem gente, no entanto, que tem um hábito inconveniente: não é capaz de mudar de assunto ou de variar na hora do lazer, da brincadeira, da convivência boa.

Quer ir até o fim em relação a qualquer tema. O escritor irlandês Oscal Wilde dizia que sempre que alguém quer esgotar um assunto, esgota também a paciência do leitor.

Quem escreve ou debate precisa ser capaz de deixar perguntas e não apenas respostas. E, mais do que tudo, não insistir em algo que levaria a um fechamento, a uma conclusão, ao esgotamento. Aquilo se torna chato porque fica monótono e a monotonia nos perturba.

Uma das fontes da monotonia é tentar fechar uma conclusão como se ela fosse definitiva. É inconveniente.

Fonte: Mario Sérgio Cortella, no livro Pensar bem nos faz bem – vol2

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A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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