Quase um ano depois da morte do pai, Zelda Williams, filha de Robin Williams, publicou no sábado (5 de setembro) um desabafo emocionante sobre depressão e a perda do pai.
Com a imagem da luz da lua em um lago, Zelda declarou em sua conta no Instagram que é grata por cada ‘segundo bobo’ e que se sentiu obrigada a compartilhar algo que se deu conta neste último ano. Na próxima sexta-feira (11) a morte de Robin Williams completa um ano.
“Evitar o medo, a tristeza ou a fúria não é a mesma coisa que estar feliz. Eu vivo a minha tristeza todos os dias, mas já não me sinto ressentida”, escreve ela. “Não é fácil. Na verdade, eu diria que é preciso muito mais esforço para fazer conscientemente do que para apenas ficar triste, mas com todo o meu coração, eu não posso dizer o quanto é valoroso”, acrescenta Zelda.
Falando diretamente sobre a depressão, contra a qual presenciou o pai lutar, Zelda pede aos que sofrem com a doença para que se mantenham firmes. “Eu sei o quão obscuro pode parecer esse túnel infinito, mas se a felicidade parece difícil de alcançar, agarrem-se à esperança, por mais fraca que seja. Porque eu prometo a você, inúmeras noites compartilhadas sob a mesma lua não são o suficiente. Não importa como ou quando, você encontra o seu caminho”.
Morte
No dia 11 de agosto de 2014, Robin Williams foi encontrado morto por asfixia por enforcamento em sua casa em Tiburon, na área da Baía de San Francisco.
Segundo laudo oficial da necrópsia, divulgado em novembro, a morte de Robin Williams foi considerada suicídio. Não foram encontradas drogas ilegais ou álcool no organismo do ator de 63 anos.
Carreira
Robin McLaurin Williams começou sua carreira em 1977, atuando na TV. Já demonstrando seu talento para a comédia, participou de diversos episódios do “The Richard Pryor show”. Depois de ficar conhecido como o personagem Monk na série “Happy days”, conquistou o sucesso também no cinema já com seu primeiro papel. Em 1980, interpretou o marinheiro Popeye, em filme de mesmo nome.
Além do destaque como comediante, Williams tem no currículo filmes que comoveram grandes plateias, como “Bom dia, Vitenã” (1987), “Sociedade dos poetas mortos” (1989), “Tempo de despertar” (1990), “O pescador de ilusões” (1991) e “Gênio Indomável” (1997), que lhe rendeu seu único Oscar.
“Boulevard”, seu último filme como protagonista, estreou em todo o mundo em julho deste ano. O drama conta a história de um bancário de 60 anos, interpretado por Williams, que assume que está em um trabalho que não gosta e que, por muito tempo, negou sua sexualidade.
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A primeira coisa que o mundo poderia fazer para ajudar os deprimidos a continuar enfrentando a síndrome, seria falar abertamente sobre ela. O estigma que continua nos doentes mentais, como se estivéssemos na Idade Média, é o mesmo que fazia as pessoas sadias a trancarem janelas e portas, quando ouviam as matracas dos hansenianos (antiga lepra) nas ruas. Hoje, no Século XXI já deveríamos olhar a doença como um assunto para a ciência e não para falar sussurrando e esconder. Falo com a autoridade que me deram mais de 20 anos de depressão, hoje sob controle há 4 anos e meio pelos cuidados médicos mensais. Sei o que é ter um cão negro e ver o sol à meia noite, como os deprimidos também. Tentei formar um grupo de "Deprimidos Declarados" que não funcionou porque o único membro era EU! Precisamos enfrentar esses problemas todos olhos nos olhos. Enquanto dá tempo. Valmira Gonçalves Fernandes. gf@valmira.hotmail.com