O sono é essencial para o desenvolvimento e aprendizagem infantil. Nesse período, a necessidade de noites bem dormidas é maior que a de um adulto, pois é quando acontece a formação do organismo de uma criança.

Segundo a neuropediatra Karina Weinmann, a privação do mesmo causa impacto diretamente no neurodesenvolvimento, gera mudanças de comportamento e afeta o desempenho escolar dos pequenos.

“Durante a infância e a adolescência, o sono ajuda na formação dos tecidos e dos órgãos, entre eles o cérebro. Com isso, há um aumento importante da chance de desenvolver doença mental na fase adulta, há maior episódios de sonambulismo, cansaço, depressão e insegurança emocional”, explica a médica.

De acordo com a neuropediatra, a falta do sono também eleva os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, podendo gerar irritação, agitação e ansiedade. Além disso, o cortisol também pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento de diabetes e obesidade.

“Do ponto de vista físico, devemos lembrar que crianças que não dormem apresentam redução na produção do GH, hormônio do crescimento, impactando na estatura e crescimento. Além disso, há queda da imunidade, com risco maior de contrair gripes, resfriados e outras doenças virais”, diz a médica.

A médica também afirma que quando se avalia os efeitos da falta de sono no cérebro, deve ser levado em conta o impacto na memória e na atenção, que segundo a neuropediatra é fundamental para o aprendizado escolar das crianças. “Um sono ruim também afeta o comportamento na escola e em casa, deixando as crianças mais irritadas, agressivas e agitadas”, explica Karina.

A falta de sono na infância está relacionada ao estilo de vida atual, em que os adultos com suas vidas corridas e agitadas, refletem diretamente no desenvolvimento das crianças, afetando o sono.

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“Sabemos que hoje a maioria dos pais trabalha fora e chegam em asa na hora em que as crianças deveriam estar dormindo ou pelo menos deveriam começar a rotina do sono. Naturalmente, os pais querem aproveitar os filhos, conversar, brincar, comer e acabam impondo um ritmo impróprio para a criança”, diz a neuropediatra.

Esse problema pode ser solucionado com uma rotina. Confira abaixo as dicas dadas pela neuropediatra que ajudarão as crianças a terem melhores noites de sono:

– A criança precisa de uma rotina na hora de dormir e isso inclui um horário. Crianças devem dormir entre 19h e 20h;

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– Coloque o pijama, escove os dentes e coloque a criança na cama ou berço;

– Apague as luzes e aparelhos eletrônicos. Lembre-se que a casa precisa estar no ritmo de “dormir”, não só a criança;

– O quarto deve estar escuro e em uma temperatura agradável;

– Não dê alimentos açucarados e nem com cafeína no mínimo 3 horas antes do horário da criança dormir;

– É importante que a criança esteja bem alimentada, limpa e com roupas confortáveis;

– A cama é o lugar de dormir, portanto nunca a use como espaço para brincar;

– Escolha uma objeto de transição (bonecas, ursinho, naninha, etc.) para fazer companhia na hora de dormir;

– Leia alguma história calma e própria para a hora do sono, sem excitar demais a criança;

– Faça a criança dormir nmo quarto dela. O simples fato de descolocar a criança após ter adormecido pode ser suficiente para despertá-la.

Fonte: Revide

Autor: Gabriela Mauli

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