É muito comum ouvirmos assim :“Se você não gosta de alguém por que assiste essa pessoa, por que fala com ela, por que dá atenção a ela? Simplesmente não foque nisso, seja indiferente.”
Pela lógica essa afirmação está absolutamente correta.
Entretanto, não somos lógicos, somos duais, feitos de opostos, pelo menos até nos iluminarmos.
Todos temos inconsciente e aquilo que não conhecemos sobre nós é imensamente maior do que aquilo que conhecemos. Por isso, Jung já dizia : “Mais cedo ou mais tarde tudo se transforma no seu oposto.”
Sejamos sinceros conosco mesmo, quando falamos que não gostamos de algo ou alguém e tendemos a ver aquilo apenas para criticar, isso significa que, lá no fundo, nem que não sejamos capazes de admitirmos para nós mesmos, existe uma admiração. De alguma forma aquilo mexe conosco, senão, seríamos indiferentes.
Inveja e admiração são as duas faces da mesma moeda, admitamos ou não, assim como amor e ódio. Por isso, minha sugestão amorosa de hoje é: observe quem você mais critica, quem te inspira raiva e avalie quais características reprimidas em si mesmo você está vendo naquela pessoa, sejam boas ou ruins.
Afinal, quando não somos empáticos, tudo o que sentimos sobre os outros diz mais sobre nós do que sobre a pessoa. Por isso, será que você odeia mesmo a pessoa ou você odeia o que ela espelha em você e você não quer ver? Será que você ama mesmo a pessoa ou será que projeta sua luz, que nega em você, nela? Nossa raiva diz muito sobre nós mesmos, assim como nossas paixões.
Mais meditação para desenvolvermos a empatia e sairmos do julgamento afinal, onde há reatividade, há projeção, onde há paixão, obsessão, também.
(Autora: Gisela Vallin)
(Fonte: giselavallin)
*Texto publicado com autorização da autora.
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