“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses”, disse Rubem Alves. Assim como as borboletas passam por metamorfoses, o ser humano vivencia constantemente as transformações que acontecem exteriormente e interiormente a ele.

É preciso que a vida se transforme, e para isso é necessário que o sujeito se reinvente, recrie e recomece durante as várias fases da sua existência.

Mesmo diante daquelas transformações dolorosas podemos amadurecer, talvez sejam através dela que atingimos um grau elevado de amadurecimento. Isso é preciso, assim como cair e levantar-se.

Nas vitórias aprendemos, nas dificuldades também, afinal de contas, antes da glória pode vir a dor. Essa dor que deve nos impulsionar a ir adiante.

Lembro-me da bela letra da música trem-bala de Ana Vilela quando ela diz que “a gente não pode ter tudo, qual seria a graça do mundo se fosse assim?”

Isso, nem só de glória vive o homem, mas também de atropelos e quedas que fazem parte da vida de todo ser humano.

Ah, que bela metamorfose é o ser humano. Cair e levantar. Dor e glória. Podemos chamar tudo isso de transformações, metamorfose necessária em nossa vida.

Ela acontece de dentro para fora. Permita-se compreender o interior e compreenderás o exterior. A psicanálise provoca isso! Fazer análise é isto: é conhecer o que está guardado lá no fundo do nosso interior; é desvelar o que está velado e ao final (se é que existe final), transformar-se em borboleta.

Reporto-me ao querido Freud para concluir essa transform(ação): “Tanto dentro de si quanto no mundo externo, deve sempre esperar descobrir algo de novo (1912).”

Tem sempre algo a transformar, a recriar, a renovar, afinal de contas, sempre algo está por vir nessa metamorfose que é a nossa vida. Tente! Insista! Persista e permita-se vir a ser…

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