Eu não sou obrigada a levantar às seis da manhã todos os dias, porém preciso trabalhar para manter a minha vida. Eu não sou obrigada a rir porque alguém contou uma piada embaçada.
Eu não sou obrigada a me caber dentro de um vestido que comprei há dois anos atrás. Eu não sou obrigada a fazer dieta para emagrecer. Eu não sou obrigada…
Eu não sou obrigada a nada! Nada mesmo! Sou livre para fazer o quero e também para me perder. Não vim a este mundo para acatar os absurdos impostos pela sociedade, pela mídia e pelos achismos alheios. Também não preciso me escravizar por conceitos que criei, porque tudo muda o tempo todo, então sem essa de obrigação comigo mesma.
Eu não sou obrigada a inventar vontades, tempo extra e muito menos risos, porque aprendi que se sacrificar por causa de qualquer circunstância não faz ninguém feliz, é apenas mais uma obrigação. Já temos tantas coisas para fazer que não podem ser mudadas e que não temos como escapar, então decidi a não me desdobrar pelo que não tem jeito mesmo. Apenas me corto ao meio quando vejo que ainda há tempo para florir de alguma forma.
Eu não sou obrigada a ser perfeita, ser generosa e ser positiva. Não, não preciso. Eu preciso me sentir fantástica sem aquela pressão imposta por mim mesma e pelos outros. Eu não sou obrigada a ser exemplo, filhinha predileta do papai, muito menos aquela mulher de fibra… preciso apenas ser gente, ser alguém despreocupada com o que os outros pensam sobre mim, porque no fim das contas, tudo é entre DEUS e eu, eu e DEUS, e, ELE, me conhece.
Chega dessa coisa de boa samaritana, de fazer o bem, de dosar as palavras, de polidez aos extremos. Chega! Chega, se tudo isso é apenas para impressionar. Chega! Chega, se no íntimo você se sente obrigada. É melhor ser pés no chão e ter coração de criança do que tanta caridade para te dar aquela sensação de que você é do bem.
Quando alguém é bom, bom mesmo, não se atenta em aparecer, detesta se expor e não suporta propagandas. Quem é bom, não se sente obrigada a nada, muito menos a hipocrisias e chatices de terceiros. A melhor libertação é quando paramos de prestar atenção nos achismos dos outros e focamos no que sentimos, sem aquela pretensão de sermos melhores ou superiores.
Não sou obrigada a nada muito menos levar uma vida mais ou menos para agradar a alguém. Não sou obrigada a mudar meu jeito para acrescentar a um estilo de vida de alguém, muito menos a me doar por inteira para alguém egoísta. Não sou obrigada a beijar sapos, nem aceitar romances pela metade, e nem permitir ser enganada por pessoas que não sabem o sentido da palavra respeito.
Não sou obrigada a nada, mas sou obrigada a me amar por inteira, a amor ao outro para que eu possa me equilibrar e sentir bondade. Quando conseguimos conciliar amor e bondade, a vida passa a ser sol todos os dias, mesmo que as nuvens insistem em fazer sombra.
Não sou obrigada a nada, mas sou obrigada a me amar sem medir, a me permitir dias suaves e a viver com a única obrigação que é ser feliz. Não sou obrigada a nada. De nada!
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