Uma questão de valores, assim vejo a orientação que a minha família me deu desde pequena. Assumir que podemos ter materialmente mais do que os outros, não nos torna ser humanos melhores. Uma pessoa definitivamente boa é aquela que serve como exemplo através das suas boas ações.

Eu fui ensinada a tratar a faxineira e o dono da empresa da mesma forma pois o valor que carrega uma pessoa está no tanto de dignidade que ela coloca em tudo o que faz e não no status quo que ostenta na sociedade ou no seu cargo profissional.

Para que eu me aproxime com intimidade de alguém e crie laços de amizade, analiso o quanto essa pessoa é generosa e o tanto de valores que coloca em prática na sua vida. Para mim, vergonha na cara é algo extremamente valioso e caminha junto da honestidade, do respeito e da fidelidade. Menos do que isso eu não quero ao meu lado, por favor!

Entretanto, também fui orientada a tratar bem as pessoas que não carregam certos valores que para mim são essenciais (amizade e humildade, por exemplo), esse tipo de gente tem muito para aprender e o melhor é que eu sirva como inspiração. Não preciso levar para a minha casa e oferecer o meu sofá, mas também não há necessidade alguma de tratá-la com desprezo e me colocar no mesmo nível.

Quando tratamos todas as pessoas com o mesmo cuidado, demonstramos que fomos bem criados, que somos justos e valorizamos as pessoas pelo que elas têm dentro de si e não pelo dinheiro que carregam nos bolsos. Criamos conexões sinceras e verdadeiras.

Por ser segura da boa educação que tive é que consigo me relacionar com todo tipo de pessoa e perceber que todas carregam histórias, muitas vezes elas estão agressivas pois têm o coração despedaçado e basta que se ofereça um colo amigo e uma escuta sem julgamento, para que melhorem e também comecem a colocar sorrisos no rosto e mais gentileza nas suas atitudes.

Um bom conselho é ter braços e olhos que abriguem as diferenças e deixar de lado o preconceito. Abra-se para ver o melhor que existe em cada ser humano e liberte-se da armadilha da arrogância e da presunção.

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Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

6 COMENTÁRIOS

  1. A faxineira retratada como uma negra, diante da criança branca bem educada. Afirmação de preconceito racial. Deve-se ter cuidado ao lutar contra um preconceito ao mesmo tempo em que se reforça outro. No Brasil, preconceito social caminha lado-a-lado com o racial, sexual, físico, etc. Temos obrigação de lutar contra todos!

  2. Tania, essa foto é a cena de um filme muito bom chamado “A Ajuda”, que aborda a forma como as empregadas negras eram tratadas nos Estados Unidos nos anos 50/60. Realmente o filme é ótimo, recomendo a quem quiser vê-lo.

  3. A ser muito bom os pais desde pequeno educa os filhos tem respeito com as pessoas e entender as pessoas são iguais a nós não importa a pessoa tem uma condição mais Melhor que a outra e tipo de serviços.

  4. Só queria deixar um comentário sobre como o título desse texto (e não o conteúdo) me incomodou: tem que ser A faxineira e O patrão? Grandes mudanças acontecem em pequenos detalhes…

  5. Também fui ensinada assim. Como também fui ensinada a ajudar a a faxineira ainda bem pequena. Recordação boa! Era uma amiga que trabalhava em casa, que ajudava a gente, que fazia um serviço espetacular… A vida não seria calma em casa sem ela por lá…

    Infelizmente, não é isso que as pessoas andam aprendendo por ai… Povo que fala demais em “identidade de classe” acha que ajuda em alguma coisa, mas, só piora… Afinal, deveríamos estar mais preocupados com o indivíduo e não colocar necessariamente uma etiqueta nas pessoas…

    Alguns comentários por aqui provam isso. Coitada da Viola Davis nunca mais vai ser bem vista por fazer este célebre personagem, já que hoje em dia é um pecado colocar um uniforme numa pessoa negra….

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