Eu estava confuso.
Eu percebia claramente minha mente racional brigando com meu coração.
Não era apenas um sentimento. Eram vários. Juntos. Ao mesmo tempo. Misturados.
Eu não sabia o que estava acontecendo dentro de mim.
Mas sabia o que estava acontecendo fora.
Era o final de um ciclo.
Enquanto a minha mente racional se irritava e me dava todos os motivos para me preocupar, para tentar lutar para manter as coisas como eram, me fazendo sentir um receio que me fazia quase duvidar, meu coração estava diferente.
Ele sabia que era isso mesmo. Sabia que aquele ciclo estava terminando. E me dava forças para acreditar que algo novo estava para começar. Um algo novo mais desafiador, mais vivo e possivelmente mais intenso.
Eu não descrevi agora um evento único. Isso me aconteceu inúmeras vezes. Eu já perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu.
Foram relacionamentos, amizades, trabalhos, negócios, projetos, bandas, eventos.
A gente tem essa mania de achar que tudo tem que ser pra sempre.
Não sei bem de onde vem isso. Talvez por uma vontade de querermos nós também viver felizes para sempre. Ou talvez seja algo mais complexo, ligado a nosso desejo de ter estabilidade.
Mas o mundo é instável. Não existe estabilidade quando se vive no planeta Terra.
Tudo é impermanente e todas as coisas mudam.
Então por que querer que as coisas sejam sempre iguais e para sempre?
Quando eu comecei a aceitar que vida mudava o tempo todo e que nada continua do mesmo jeito para sempre, eu me libertei.
Foi libertador saber que uma relação não precisa durar para sempre e nem por isso ela deu errado.
Ela deu certo. E foi incrível. Pelo período que durou. Pelo ciclo que deveria existir
Mudança é legal.
Os períodos onde me senti mais vivo e criativo foram nos períodos de mudança, de transição, após encerramento de um ciclo.
Aceite que as coisas terminam, que nada é para sempre. E você vai se sentir livre para começar um caminho novo. Cheio de desafios e com a estrada livre para você acelerar e sentir o vento batendo nos seus cabelos.
A vida vai ficar boa. Ela sempre é.
(Autor: Gustavo Tanaka)
(Fonte: medium.com)
Esse texto é pura realidade
Na realidade é assim mesmo.
É verdade. Mas detesto isso. Cada ciclo que termina me arrasa, me rouba parte do que sou (ou era). E o pior é a morte de alguém que amamos antes do tempo que consideramos correto e esperado e de uma maneira muito mais dolorosa do que deveria ser. Tira o sentido da vida. Daí vc continua pq tem filhos que sentiriam sua falta (falta dessaporcaria de mãe q
É assim. Mas nem todos conseguem aceitar. Eu sou uma. A cada fim de um ciclo morro um pouco e vou me sentindo cada vez mais amargurada. Principalmente depois que comecei perder pessoas que amava antes da hora que julgava que deveria ser e maneira inesperada. Me fez odiar a vida, o mundo e como ele funciona.