Ao contrário do que diz o senso comum, os jogos eletrônicos não são apenas uma forma de se distrair. Por trás de cada cenário e desafio que os jogadores enfrentam, há toda uma complexa atividade neurológica que precisa ser ativada, como as partes que envolvem foco e estratégia.
O site de apostas LoL Betway foi atrás de entender como funciona o cérebro de quem joga dois dos principais games da atualidade: CS:GO e LOL. O levantamento descobriu que cada entretenimento requer determinadas habilidades.
Além disso, a ideia de que o lado esquerdo do cérebro é focado em lógica e o direito na criatividade é simplista demais. Se fosse assim, durante uma partida, apenas um lado seria ativado. Porém, o corpo humano é muito mais complexo e surpreende!
Jogos diferentes exigem habilidades diferentes
Embora muitas pessoas que joguem CS:GO também curtam LOL, não significa que os games exigem o mesmo preparo. No CS:GO, por exemplo, os competidores precisam ter boa mira e agilidade para responder no momento certo.
Outras características importantes são: noção de espaço, boa memória, estratégia, espírito de equipe e coordenação visual-motora. Na hora da competição, os jogadores precisam conhecer os mapas e pontos-chave, entender o timing da troca de armas, treinar vários tipos de tiros e se movimentar com bastante precisão.
De acordo com o neurologista Doutor Júlio Pereira, um dos aspectos interessantes desse game está em exercitar várias partes do cérebro. “Basicamente, no CS:GO, o que vai chamar atenção é justamente a atividade motora desenvolvida junto com a visão. Essas habilidades vão servir na hora que você vai mirar, na hora que você vai acertar e na hora que você vai coordenar essas duas habilidades. Além disso, tem o tempo de resposta também, que é o tempo em que você vê uma cena, imagina como vai agir e toma uma decisão”, explica.
Por outro lado, no League of Legends, o foco é a comunicação. Os jogadores precisam estar em sintonia para ter as melhores estratégias e prosseguir. Também é necessário ter foco, concentração, ação rápida, raciocínio lógico e boa coordenação motora. Durante a competição, os jogadores devem conhecer as estratégias, ter objetivos claros e saber se posicionar contra os inimigos.
Na opinião do neurologista, jogos como Lol têm um desafio a mais: a cooperação. Afinal, é necessário que toda a equipe esteja sincronizada para que consiga ser bem-sucedida. “No caso do LoL, você precisa tomar decisões estratégicas e coletivas de forma rápida. Além, é claro, da capacidade motora e de concentração. Essa é a grande diferença para os jogos que você precisa de interação humana: você tem que pensar na sua atuação, na atuação do seu time e imaginar o contra-ataque que irá ocorrer do seu adversário”, afirma o médico.
Lado esquerdo mais ativado
Segundo esta pesquisa sobre o cérebro nos jogos eletrônicos, 60% das habilidades exigidas nos dois jogos utilizam o lado esquerdo do cérebro.
Porém, quando se fala em games, isso não é o mais interessante. Para o neurologista, o que surpreende é a neuroplasticidade observada nos competidores. “O cérebro de um jogador profissional acaba, com o tempo, preparando-se para utilizar algumas habilidades que, no mundo real ou de quem não é gamer, não é utilizada de forma tão intensa”, conclui.
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