Ontem estava conversando com um grande amigo e comentei com ele uma conversa que ouvi acidentalmente dentro do ônibus. A moça comentava com sua amiga que acabara de sair de um relacionamento, e que queria ficar com outra pessoa para “tentar” esquecer esse tal moço que ela namorou.

Fiquei pensando no impacto que essa atitude pode causar em outra pessoa e isso me rendeu um bom momento de reflexão. Também, tive a oportunidade de compartilhar tal fato com esse grande amigo. Ele disse algo que me inspirou a escrever esse texto.

Ele disse que é necessário reciclar o coração, ou seja, zerar o coração, a fim de que ele fique limpo para servir de morada para um outro alguém. Achei inteligentíssimo o que ele disse!

Veja bem, como vou ficar com uma pessoa, se ainda guardo marcas de outra? É como se eu estivesse usando outra pessoa em benefício próprio, fazendo com que esse alguém acredite que estamos na mesma sintonia.

Lamentavelmente, vejo pessoas que buscam sua “cura” em outras pessoas, sendo que a cura vem de dentro. Entretanto, somente o tempo é capaz de colocar as coisas no lugar. Acredite, não é outro alguém que será capaz de curar as feridas que ficaram abertas de relacionamentos passados. Você sentirá prazer temporário, mas o vazio, permanecerá. É inevitável.

Por outro lado, acho justo você sair de um relacionamento e buscar distração, mas, você pode se ocupar de outras formas. Já experimentou fazer algo diferente? Sabe aquele plano que você projetou e acabou não colocando em prática? Ou, aquele lugar que tanto tem vontade de conhecer, mas acabou não indo? Ou, talvez, aquele livro que você deixou empoeirando na estante e acabou nem terminando?

Existem tantas coisas para se fazer após um término. Mantenha a calma, respire fundo, e vá viver sua vida. Você não nasceu grudado(a) em seu (sua) ex. E outra, relacionamento é complemento. Quando finalmente você se encontrar, e aprender a sorrir genuinamente, encontrando felicidade nas coisas pequenas e, aí sim, você estará pronto para compartilhar essa tal felicidade com outro alguém.

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Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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