Cotidiano

É muito mimimi para pouca atitude e é muito drama pra pouca vida

Eu curto muito olhar os detalhes ao nosso redor, como tudo é tão caótico e, ao mesmo tempo, tão organizado. Como é refletida cada ação nossa e o que isso pode desencadear quando tratamos de levar a vida que nos foi dada e o que fazemos com ela, se estamos a passeio ou aqui é apenas uma etapa pra além da nossa compreensão.

Tem gente que se entrega e reclama, debruça e quer o mundo à sua maneira. E é sobre essa Era do mimimi que vamos conversar aqui.

Como falei, eu curto esses detalhes da vida, e, felizmente, conheço pessoas que rendem prosas monstras sobre situações, sonhos, medos, vontades, loucuras, decepções, devaneios, desejos e aprendizados.

Tem aqueles que são ferrados emocionalmente, aqueles que dramatizam até mesmo depois de uma xícara de café forte, aqueles que afogam as mágoas depois de três longnecks, outro que até cinco semanas atrás era um desconhecido, mas já considero pacas, mas têm, também, aqueles outros que gritam e debruçam o mundo ao seu belo prazer momentâneo e superficial.

E, sinceramente, não os culpo, até porque só nós sabemos o que é a harmonia e o caos do nosso universo particular. Mas ter consciência que tudo é transitório é tão – ou mais – interessante, quanto ir à praia em uma tarde de domingo. Até porque ficar nesse ciclo vicioso, na expectativa que algo vai cair do céu, não é nada saudável. Sério.

Leia mais:Quão dramático você é? Psicólogos elaboraram teste para descobrir. Confira e descubra

Abrimos o Twitter, Facebook ou qualquer rede social que seja e vira e mexe temos ataques – desnecessários – sobre as situações mais bizarras possíveis (vide as duas setas azuis do WhatsApp agora), em que a intolerância triunfa e parece que vivemos numa era da banalização de sentimentos bons, vidas significativas e moral para a dramatização das futilidades e super análise de coisas supérfluas.

Não, não estou aqui pra dar lição de moral e nem vir com a fórmula mágica-para-as-soluções-dos-nossos-problemas-do-cotidiano-que-mais-parecem-o-fim-do-mundo-de-novo-e-de-novo-e-de-novo, longe disso, só estou apenas passando um recado singelo de que a vida é assim mesmo: uma hora a gente tá por cima, outra por baixo. E nesses picos de emoções e situações, vamos nos equilibrando, algumas vezes, sem ideia do que realmente estamos fazendo e, nesse meio tempo, vamos indo de etapas em etapas nessa cadeia de acontecimentos e movimentos inéditos que é a vida mundana.

Acredite ou, se preferir, pasme, mas todas as respostas estão dentro de nós mesmos, não adianta culpar o mundo e vomitar nele coisas negativas, plantar discórdia ou querer debruçá-lo ao seu bel prazer, porque uma coisa que o mundo faz com artimanha desde que ele é mundo, é ser um mestre na arte de dar voltas.

Por isso, cuide de sua família, mantenha perto as pessoas queridas, explore situações boas e genuínas sem esperar nada em troca, respeite os mais velhos, procure uma paz espiritual, cative os mais novos, seja educado, sorria mais, se quer falar realmente com alguém, ligue pra ela, e não seja tão cruel consigo e muito menos com os outros.

Por fim, na boa, é muita decepção pra muito apego, é muita culpa no mundo para seu universo particular sem amor próprio, é muito pseudo-romantismo para pouco amor genuíno, é muito ego para pouca consciência, é muito status para pouco respeito, é muito mundo para pessoas que não sabem levar uma vida significativa. É muito mimimi para pouca atitude. E é muito drama pra pouca vida.

(Autor: Jonas Sakamoto)
(Fonte:entendaoshomens.com.br )

*Via página parceira.

Fãs da Psicanálise

A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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  • Texto muito bom.
    Alguma vez você já se questionou por que a sua vida é como é? Ou por que o mundo ao seu redor é como é? Ou por que os seus relacionamentos – familiares, sociais, profissionais, afetivos, etc. são como são?
    Tudo que a vida coloca no nosso caminho são respostas das nossas atitudes, salvo as fatalidades e os acasos - e até esses também, a forma como vão nos afetar vai depender diretamente da forma como vamos enfrenta-los.
    Se estamos colhendo frutos que não gostaríamos de colher, talvez a responsabilidade por isso seja muito mais nossa mesmo do que de qualquer outra coisa.
    Afinal, somos nós mesmos que construímos a nossa vida.

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