A dor nas costas é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos atualmente. Em alguns casos, essa dor chega a ser tão intensa, que acaba limitando os movimentos dos pacientes, comprometendo a realização de atividades simples do dia a dia e até as suas funções laborais, diminuindo significativamente sua qualidade de vida.
Neste artigo, iremos abordar mais sobre essa patologia, suas causas e quando uma “simples” dor nas costas pode significar algo mais sério.
O que faz parte da coluna vertebral?
A coluna vertebral é dividida em segmentos, sendo eles: o cervical (com 7 vértebras) , torácico (12 vértebras), lombar (5 vértebras), sacral (5 vértebras) e cóccix.
Entre os ossos da coluna existem outras estruturas, como as articulações facetárias (que permitem os movimentos do tronco, para trás e para frente e também lateralmente), os discos (com função na absorção de impactos, uma espécie de amortecedor) e os ligamentos, que auxiliam na sustentação da coluna e de todas essas estruturas mencionadas.
Com a evolução da espécie humana, uma mudança extremamente relevante foi a mudança de postura, do ser quadrúpede, para bípede (ou seja, o apoio em duas pernas). Isto viabilizou a sobrevivência da raça, permitindo a visualização de predadores à distância, bem como de alimentos.
Como consequência disso, iniciou-se um processo de sobrecarga da coluna vertebral, que passou a sofrer, devido à ação da gravidade.
É comum sentir dor nas costas?
Aproximadamente 80% da população sofre de alguma dor incapacitante na coluna ao longo da vida. A dor lombar é a primeira causa de afastamento do trabalho no Brasil e a segunda causa nos países desenvolvidos.
Quais os sintomas de dor lombar (lombalgia)?
Os sintomas mais comuns da lombalgia são citados como uma dor lombar, que corresponde à região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da cintura. Geralmente, apresenta-se discretamente, com intensidade progressiva, alterando a mobilidade da região. Acompanha comumente a estas situações, algum grau de contratura muscular.
As crises dolorosas, geralmente, apresentam-se em um ciclo de dor que dura alguns dias, podendo, em alguns casos, tornar-se constante ou desaparecer, retornando depois de algum tempo.
Cerca de 90% dos pacientes com lombalgia irão se tornar assintomáticos após 4 a 6 semanas, independente de tratamento medicamentoso. Apenas 5% dos pacientes continuam a apresentar sintomas persistentes, evoluindo para dor crônica.
Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma de postura, seja sentado ou em pé, provoca o aparecimento da dor. A persistência dos sintomas ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob o ponto de vista social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios secundários, como os de ordem emocional.
(Autor: Ramon Andrade)
(Fonte: meucerebro)
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