Você sabia que o nosso corpo pode somatizar sentimentos, isto é, transformar em “doenças físicas” o que antes só existia como emoções? Essa história de que guardar mágoas faz mal não é lorota não.
Já aconteceu com você ou com alguém que você conhece de subitamente aparecerem sintomas de alguma doença sem uma causa aparente? Pode ser uma doença psicossomática.
A palavra psicossomática tem origem grega, psique, que significa alma, e soma, que significa corpo. Uma doença psicossomática tem origem na psique, na alma.
Nosso corpo é tão inteligente que para não nos deixar maluco com algumas questões que nos ocorrem no dia a dia, ele encontra no corpo físico uma válvula de escape para o que antes estava somente no psicológico.
O arrependimento, por exemplo, pode virar fibromialgia. Dores de garganta podem estar relacionadas com a capacidade (ou incapacidade) de se expressar. Sentimento de humilhação pode trazer problemas na tireoide, irritação com pessoas próximas, sinusite, e etc.
Existem psicólogos que defendem que todas as doenças, absolutamente todas, são criadas por nós mesmos, obviamente que sem a intenção disso.
Hipócrates, um antiquíssimo médico grego, considerado o pai da medicina, já dizia lá por volta de 400 A.C que “o mais importante do que saber que doença uma pessoa tem é entender que pessoa tem a doença”.
Ok, mas e agora? O que a organização tem a ver com isso?
Leia Mais: Emoções indigestas e doenças psicossomáticas
O que mais amo na organização é justamente a parte psicológica, e não tanto a física. Precisamos nos organizar por dentro para enfim organizarmos o que está por fora. Se o ambiente ao nosso redor sofre as consequências da nossa desordem, imagina o que acontece com nosso interior? É tudo um ciclo, um fluxo.
Quanto estamos bem internamente, tendemos a estarmos organizados externamente. Nosso corpo e nossa mente são um time que lutam o tempo todo para nos manter vivos. Se um está afetado, o outro sente também.
O autoconhecimento profundo e a reflexão sobre os sentimentos são fortes aliados para evitar qualquer dessas doenças.
Remoer coisas do passado, não perdoar verdadeiramente quem te magoou, culpar-se por seus erros, não amar a si próprio, ser extremamente perfeccionista com si mesmo… Por que continuamos a cometer sempre os mesmos erros em relação aos nossos sentimentos se sabemos que isso não levará nada? Não é fácil aceitar a mudança, perdoar, ter vivacidade o tempo todo. Mas quando se consegue, todo o caminho da vida fica mais leve.
Conheça-se. Ame-se. Aceite-se. E se for preciso, mude, mas mude sempre para sua melhor versão. Seu corpo, sua mente e sua casa vão agradecer.
(Autora: Tati Godoy)
(Fonte: tatigodoy)
*Texto publicado com a autorização da autora.
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