Existem muitos meninos que, com uma força enorme que vem de seus corações, se tornam bons pais… um menino que reflete um profundo amor para seus filhos e que se torna capaz de trazer o mais puro e pleno sentido da palavra “pai”, talvez não o pai idealizado pela mãe, exigido pela sociedade, mas do menino que amadurece e, na sua expressão mais pura de si mesmo, consegue ter o reconhecimento e o amor de seus filhos, e conseguem se tornar uma fonte de inspiração e confiança.
Por que eu disse um menino? Porque é assim que eu enxergo, somos meninos, muitas vezes somos mais crianças que nossos próprios filhos. Muitas mães falam que é mais um filho pra educar… e é verdade: somos brincalhões, talvez meio mal educados, um pouco porcalhões, preguiçosos e desleixados muitas vezes…
Eu sempre brinco dizendo que a gente para de amadurecer aos 15 anos, muitas vezes somos verdadeiros patetas. É bem engraçado quando sua filha adolescente começa a fazer correlações entre você e seus amigos de 13 anos (ai Pai…), ou quando seu filho briga com você porque você está se divertindo mais do que ele com o carrinho de controle remoto!!!
Mas existe uma força que surge no processo de paternidade que é muito profunda, a de ser o melhor pai que eu puder ser. Um esforço contínuo para estar acima de meus maus hábitos e ser exemplo de caráter e humanidade. Tentar agregar os melhores valores possíveis aos filhos durante o processo de relação. Mas fazer isso da forma mais verdadeira e profunda, através da expressão plena de si mesmo, e não através de palavras e comandos educacionais, ou mesmo uma conduta paternal pré estabelecida.
Através do convívio, nosso filhos chegam muito próximo à nossa essência e sim, eles percebem o que estamos buscando realizar nesse processo. Somos os mesmos meninos, que por amor, nos superamos pelo bem deles. Essa percepção do verdadeiro ser que se encontra nas profundidades da figura do “pai” é a verdadeira mágica.
Cuidar, proteger e inspirar através do que eu sou… esse é o verdadeiro sentido da paternidade.
Seja o melhor pai que puder ser… mas cuidado com que a cobrança do marido e pai idealizados pelos outros não sobreponha a sua verdadeira expressão e coloque uma carcaça rígida em você. Palavras e normas patriarcais não são paternidade. A verdadeira paternidade necessita do encontro das almas.
(Autor: Leonardo Maia)
(Fonte: antroposofy)