Comportamento

DIAS RUINS: A GENTE NÃO PRECISA DANÇAR CONFORME A MÚSICA

Dias ruins virão e isso você aprende na prática.

A gente sempre espera coisas boas, gargalhadas e uma comida gostosa para completar. Ou, às vezes, a gente não espera nada. Mas dificilmente a gente espera que nosso dia seja uma droga e que a gente volte para casa se desmanchando em lágrimas no ônibus, ouvindo uma música depressiva, com a mente borbulhando de preocupação e a dignidade perdida em algum pote de sorvete.

Só que esses dias existem e a gente tem que enfrentar de cabeça erguida, com um pote de sorvete de flocos e rezando para o dia acabar logo.

São momentos que não definem nosso ano, nossa vida ou quem somos. São apenas momentos que nos fortalecem e nos mostram que nada é de fato tão ruim e que nada dura para sempre. Nada.

Leia mais: Aquilo que estamos não é o que somos

Em alguns momentos a gente precisa ficar sozinho para refletir sobre nossas vidas, atitudes, decisões. Em outros, queremos companhia, conversar e poder dançar até doerem os pés. Em alguns momentos a gente deseja viajar para bem longe, junto da solidão, fazendo planos falíveis. Em outros a gente quer estar exatamente onde está, junto de quem estamos e exatamente como estamos. Há dias em que o sol parece brilhar mais bonito e as pessoas parecem felizes. E há outros em que o céu parece um eterno nublado e as pessoas apressadas demais, cansadas demais e tristes demais… e você as acompanha.

A vida é inconstante e a gente não precisa dançar conforme a música.

As pessoas às vezes são cruéis, mas você não precisa ser também. O dia pode estar nublado, mas não precisa chover dentro de você. O mundo pode parecer triste, mas ainda há motivos que te fazem sorrir. Algumas vezes o cansaço parece dominar todos à nossa volta, mas não precisamos nos dar por dominados junto. A gente precisa aprender a separar as coisas e entender que há ritmos que não nascemos para dançar.

Leia mais: Você tem direito a um dia cinza

A verdade é que temos a tendência de fazer tempestades em copo d’água. Nos desesperamos fácil e isso nos cega, fazendo com que a nossa visão para a solução seja limitada. Nos dias ruins, precisamos vive-los e respirar fundo, cientes de que sempre haverá uma saída, mesmo que não seja a desejada. Porque fugir é falho e brigar é inútil. Chorar ameniza e pensar nos abre portas.

Dias ruins virão e tudo o que podemos fazer é aprender com eles, porque mesmo que não haja um arco-íris depois da tempestade para colorir o céu, haverá sempre uma oportunidade de fazer o dia mais colorido sem necessariamente precisar de uma tempestade.

Bárbara Alessandra Barbero

Colunista do site Fãs da Psicanálise

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Bárbara Alessandra Barbero

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